Taxa de assintomáticos com variante gama é de 11%
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Taxa de assintomáticos com variante gama é de 11%


A taxa de assintomáticos contaminados pela variante gama do coronavírus, ou P1, é considerada elevadíssima. Segundo estudo conduzido pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) em parceria Universidade Estadual de Feira de Santana, na Bahia, em amostra aleatória da população que ia de casa para o trabalho, o percentual de assintomáticos chega a 11%

O estudo deixa ainda mais claro a necessidade do uso de máscara, cuidados com a higiêne e o distanciamento social para combater o crescimento de casos. Atualmente, a gama é a variante predominante no Brasil e é extremamente preocupante que boa parte dos infectados circulem normalmente sem sinais da doença.

Para o levantamento, foram utilizadas amostras de 1.400 pessoas escolhidas aleatoriamente em praças movimentadas e mercado popular de Feira de Santana, a segunda cidade mais populosa da Bahia. O estudo foi realizado de 8 de abril a 18 de maio.

"Esperávamos encontrar 5%, o que já seria elevadíssimo. Mas esse percentual deixa evidente que essa variante fez a pandemia explodir porque é extremamente transmissível. Como muitos dos infectados não adoecem, eles espalham sem saber o vírus que, como nosso gigantesco número de mortos e doentes deixa patente, acaba por encontrar também pessoas mais vulneráveis. É assim que se move a pandemia no Brasil", afirmou o coordenador do estudo, Luiz Carlos Júnior Alcântara, ao jornal O Globo.

Segundo Alcântara, seria comum encontrar esta taxa em hospitais, mas não nas ruas em pessoas sem sintômas. No entanto, das 1.400 testadas com RT-PCR, 154 estavam positivas.

Os cientistas sequenciaram 122 genomas para investigar qual variante havia infectado as pessoas que participaram do levantamento e só encontraram a gama e uma variação dela chamada de P1.1. Segundo estudos recentes, a gama chega a ser 2,4 vezes mais transmissível do que outras variantes do vírus. 

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