A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou nesta sexta-feira que São Paulo importe 4 milhões de doses da vacina CoronaVac. Os imunizantes desembaracam no Brasil em duas remessas: a primeira, com 2,7 milhões de doses, chegou ao Aeroporto de Guarulhos na quarta-feira. Já a segunda, com 1,3 milhão, está prevista para 26 de julho.
A decisão atende pedido entregue na quinta e se baseia na resolução que permite que estados negociem vacinas contra a Covid-19 diretamente com laboratórios. Segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo (SES-SP), o primeiro lote está em processo de análise de qualidade para uso.
Outras importações desse tipo já estão permitidas, visto que a CoronaVac tem registro emergencial desde janeiro e é a segunda vacina mais aplicada no país, com 42% das doses, atrás da AstraZeneca (46,5%).
As vacinas, negociadas desde março, devem ser distribuídas pelos 645 municípios paulistas por meio do Plano Estadual de Imunização (PEI). A meta do governador João Doria (PSDB) é acelerar a imunização: todos os adultos devem receber a primeira dose até 15 de setembro, que pode ser antecipado.
"Apesar de se tratar de importação excepcional por estado, a vacina já é utilizada amplamente pela população mundial, podendo ser importada e utilizada na população brasileira nos mesmos moldes que já vem sendo utilizada no país desde a sua aprovação", diz a nota da Anvisa.
Antes da decisão, as doses adquiridas eram negociadas via Instituto Butantan, que produz a vacina no Brasil em parceria com a Sinovac Biotech. Novas importações estão permitidas desde que haja permissão para uso emergencial.
Estudo na Turquia mostra que, após as duas doses, a vacina tem eficácia de 83,5% contra a Covid-19. Os resultados preliminares, divulgados nesta sexta-feira, foram publicados na revista científica The Lancet e apresentados no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ECCMID)