Nesta sexta-feira (9), a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um comunicado destacando que existe uma ligação "provável" entre casos de inflamação no coração e vacinação contra covid-19. Segundo o comunicado a relação acontece com vacinas que usam a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) . No entanto, a Organização ressalta que os benefícios desses imunizantes superam os riscos.
Casos de miocardite - uma inflamação do músculo cardíaco - e pericardite - uma inflamação da membrana que envolve o coração - foram relatados em vários países, especialmente nos Estados Unidos. Segundo especialistas do Comitê Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da OMS, geralmente as notificações ocorreram nos dias seguintes à vacinação , com maior frequência em homens jovens e, especialmente, após a segunda dose das vacinas de RNA mensageiro contra covid-19.
A OMS concluiu que os dados "sugerem uma provável ligação causal entre a miocardite e as vacinas de RNA mensageiro" e explica que ocorrência imediata da miocardite e pericardite após a vacinação é geralmente leve e responde ao tratamento. Os benefícios da imunização são muito maiores que os possíveis riscos.
A Organização disse que um estudo está em curso para determinar os efeitos a longo prazo e especialistas continuarão a avaliar a situação para atualizar suas recomendações.
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Os primeiros casos de miocardite foram relatados em Israel, onde a campanha de imunização foi mais rápida do que na maioria dos países. Em 23 de junho, autoridades norte-americanas de saúde indicaram que havia uma ligação "provável" entre as vacinas contra a covid-19 da Pfizer e da Moderna - vacinas de RNA mensageiro - e raros casos de inflamação no coração em adolescentes e adultos jovens.
Entre os dias 5 e 8 de julho, a OMS examinou dados mais recentes da Europa e confirmou a existência de uma relação causal plausível entre miocardite e vacinas de RNA mensageiro.
A miocardite é uma doença rara, que os especialistas acreditam ser geralmente desencadeada por um vírus. O sintoma mais comum é a dor no peito e geralmente é tratada com anti-inflamatórios ou, se necessário, com oxigênio.
(Com informações da AFP)