Dois estudos publicados na revista científica JAMA mostraram que casos de inflamação no músculo cardíaco após a aplicação das vacinas da Moderna e da Pfizer são raros. Os efeitos colaterais aos imunizantes acontecem menos vezes do que possíveis danos ao coração causados pelo coronavírus, disseram os pesquisadores.
Um dos estudos acompanhou quatro casos de miocardite que sugiram entre o primeiro e o quinto dia depois da segunda dose da vacina. O outro descreveu o caso de 23 indivíduos que apresentaram a inflamação nos primeiros quatro dias após a vacina.
No primeiro estudo, três dos casos aconteceram em homens entre 23 e 36 anos, e um em uma mulher de 70 anos. No segundo, todos aconteceram em homens entre 20 e 51 anos.
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Na última semana, o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos divulgou que a relação entre a vacina e a miocardite é provável, mas rara. A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também acompanha os casos no continente, e informou que 122 casos foram identificados após a vacina da Pfizer em 160 milhões de doses aplicadas e 16 casos depois da vacina Moderna em 19 milhões de doses.
O Ministério da Saúde de Israel afirma que foram 275 casos de miocardite registrados entre 5 milhões de doses aplicadas da Pfizer. A maioria dos pacientes com o problema é homem e tem entre 16 a 30 anos de idade.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que todos os casos relatados até o momento são leves, e a recuperação, rápida. Até então, não foi comprovada a relação de causa e efeito entre as vacinas e os quadros de inflamação. Apesar de haver "provável relação", não se sabe exatamente como a reação é desencadeada.