Na manhã desta sexta-feira (9), foi dado o início dos exames para triagem dos primeiros voluntários cadastrados para os estudos clínicos da vacina brasileira contra Covid-19, ButanVac . A ação ocorreu no Hemocentro do HC de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
A ButanVac é a primeira vacina contra o coronavírus com produção integral no Brasil, sem necessidade de importação de matéria-prima. Os estudos inéditos são coordenados pelo médico da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, Rodrigo Calado.
O Governador João Doria, o Secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, e o Presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, acompanharam o início dos ensaios clínicos.
“Hoje estamos iniciando o estudo clínico da ButanVac, que tem desenvolvimento tecnológico do Instituto Butantan, com cooperação técnica de outras instituições internacionais. É uma vacina brasileira, cujo insumo, envase e aplicação serão feitos aqui no Brasil, sem necessidade de importação de nenhum item, principalmente o IFA (Insumo Farmacêutico Ativo)”, disse Doria.
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Os estudos clínicos foram iniciados após a utorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), emitida na quarta-feira (7) . Nesta sexta-feira, seis voluntários selecionados passaram pelos exames necessários para a triagem antes da aplicação da primeira dose no HC de Ribeirão Preto, o que deve ocorrer nas próximas semanas.
As fases 1 e 2 dos ensaios clínicos da ButanVac serão divididas nas etapas A, B e C. Na etapa A, realizada na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, participarão 418 voluntários que vão receber vacina ou placebo, com objetivo de verificar a segurança do imunizante. Já as etapas B e C terão como objetivo avaliar a resposta imune e envolverão mais de 5 mil voluntários.
Farão parte do estudo inicialmente pessoas com mais de 18 anos não vacinadas e que não foram expostas ao vírus. As etapas seguintes também irão envolver pessoas vacinadas, independentemente do imunizante, e pessoas que tiveram COVID-19. A previsão é que a pesquisa dure em torno de 17 semanas. As conclusões do estudo serão remetidas à Anvisa para solicitar a autorização de uso emergencial.
“É a primeira vacina nacional contra o coronavírus. Poucos são os países que chegaram à vacina. Temos mais de 10 milhões de doses prontas aguardando a conclusão desse estudo que se inicia hoje. Isso é um estudo que certamente ficará na história da ciência e da saúde pública do Brasil”, destacou Dimas Covas, Presidente do Instituto Butantan.
*Com informações do Governo do Estado de São Paulo