A agência reguladora dos Estados Unidos, Food and Drug Administration (FDA), acrescentou um novo risco ao folheto informativo da vacina Janssen contra a Covid-19, produzida pela Johnson & Johnson. A informação aponta que o imunizante pode aumentar o risco da síndrome de Guillain-Barré.
Apesar das novas informações, a FDA afirma que os benefícios trazidos pelo imunizante superam quaisquer riscos encontrados.
A síndrome de Guillain-Barré faz com que o sistema imunológico do paciente comece a atacar os nervos. Entre os sintomas mais comuns estão formigamento nas mãos e pés, fraquezas nos membros e até problemas de coordenação motora.
Em grande parte dos casos os pacientes se recuperam totalmente dos sintomas, são poucos os casos de danos permanentes causados aos nervos.
De acordo com o jornal The Washington Post, os Centros para Controle e Prevenção de Doenças afirmaram que foram detectados 100 casos da síndrome entre as mais de 12,6 milhões de pessoas que foram imunizadas com a vacina Janssen.
Aparentemente, as pessoas que tomaram uma dose do imunizante da Johnson & Johnson podem ter de 3 a 5 vezes mais chances de desenvolver a síndrome de Guillain-Barré quando comparados com a população geral.
A vacina contra a Covid-19 não é a única que foi associada ao desenvolvimento do distúrbio nervoso. A vacina contra a gripe suína e gripe sazonal utilizadas nos Estados Unidos já apresentaram as mesmas características.
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No entanto, a vacina contra a gripe suína parou de ser administrada no país em 1976. Enquanto especialistas apontaram que pessoas que contraíram a gripe sazonal possuem mais probabilidade de desenvolver a síndrome do que aqueles que foram imunizados.
Por ora, a FDA não aplicou nenhuma restrição a vacina Janssen da Johnson & Johnson, apenas acrescentou mais um alerta à ficha técnica do imunizante.