Crianças desenvolvem mais anticorpos para a Covid-19, aponta estudo
Isabela Silveira
Crianças desenvolvem mais anticorpos para a Covid-19, aponta estudo

Uma pesquisa realizada com pequenos contaminados por coronavírus em Duke Health, escola de Medicina de Durham, na Carolina do Norte, atestou que crianças e adolescentes com casos leves a assintomáticos podem apresentar mais anticorpos para a Covid-19 do que os adultos. A descoberta é encorajadora, especialmente porque a vacinação de menores de 12 anos ainda está travada em grande parte do mundo.

O estudo da universidade norte-americana de Duke Health foi publicado na revista JCI Insight e teve por intuito observar as respostas imunes específicas do SARS-CoV-2 em 69 crianças e adolescentes, com idades variando entre 2 meses a 21 anos. Conforme os pesquisadores, a mediana de idade dos participantes foi de 11 anos e meio. Desses, 51% eram do sexo feminino. 

Segundo o site oficial da Duke Health, a base principal da pesquisa demonstrou que as crianças e adolescentes que tiveram infecções leves por coronavírus, ou mesmo aquelas que não apresentaram quaisquer sintomas, desenvolvem uma resposta imunológica favorável para a proteção contra infecções futuras da doença. 

Na realização do estudo, os cientistas mediram o nível de anticorpos para Covid-19 entre crianças e adolescentes com infecção assintomática e leve sintomática e descobriram que a quantidade de anticorpos não diferia com base na presença de sintomas.

Além disso, os pesquisadores compararam as respostas imunológicas dos menores às dos adultos e observaram que todos os primeiros, independentemente da faixa etária, tinham níveis de anticorpos equivalentes ou ligeiramente mais elevados do que os outros. Notaram também que essa projeção se manteve em até quatro meses após cessada a infecção por Covid-19.

Genevieve Fouda, uma das médicas envolvidas na pesquisa, afirma que a maioria dos estudos que se propuseram a analisar anticorpos para a Covid-19 até o momento ficaram concentrados em pacientes hospitalizados com uma forma grave da doença. Ou ainda, analisaram a imunidade apenas durante a infecção aguda nos pacientes.

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O novo estudo, porém, fornece informações mais completas de que as respostas imunes específicas da SARS-CoV-2, independentemente da gravidade da doença, podem diminuir mais lentamente em crianças e adolescentes no decorrer do tempo.

Com isso, os autores do estudo acreditam que as descobertas podem alavancar a vacinação de crianças pequenas contra o Covid-19 ao redor do mundo. Imunização esta que têm agora novos dados para comprovar o grau de proteção, semelhante ou maior, do que o a realizada atualmente em adultos.

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