Vacinas contra a Covid-19
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Vacinas contra a Covid-19


Um estudo feito vacinados com a Pfizer e AstraZeneca contra a Covid-19 no País de Gales e Inglaterra descobriu que a imunidade contra o vírus começa a cair cerca de três semanas após a segunda dose. Essa redução continua até a 10ª semana, mas apresentou diferenças de acordo com idade, sexo e condições clínicas dos pacientes.

A pesquisa da Universidade College London, na Inglaterra, vinculada ao projeto Virus Watch e publicada recentemente na revista científica The Lancet, ajuda a esclarecer dúvidas sobre o tempo de proteção das vacinas em diferentes pessoas e a necessidade de uma dose de reforço.

Segundo constataram os cientistas, a queda no número de anticorpos é mais preocupante entre pessoas clinicamente vulneráveis, como pacientes transplantados, com doenças respiratórias e aqueles em tratamento contra o câncer.

Ainda é preciso, no entanto, ter estabelecidos os níveis mínimos de anticorpos que são suficientes para proteger o organismo contra a Covid-19.

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Resultados

O estudo realizou testes sorológicos em 605 adultos em junho deste ano para estimar quando os níveis de anticorpos começam a cair após a vacinação com as duas doses. Do total de voluntários, 67% foram vacinados com a AstraZeneca e 33% com a Pfizer. As amostras foram coletadas entre a partir do 14º dia após a vacinação até o 154º dia. 

Os cientistas notaram que 70 dias após a segunda dose da AstraZeneca os participantes apresentaram um quinto dos anticorpos registrados entre 21 e 40 dias após a vacinação completa. Quanto à Pfizer, a redução caiu pela metade.

Todos os grupos apresentaram redução, mas as mulheres registraram níveis mais elevados de anticorpos do que os homens até 42 dias após a imunização completa. No geral, também apresentaram níveis mais altos a partir de 70 dias após a segunda dose.

Participantes entre 18 e 64 anos também apresentaram níveis mais altos de anticorpos nos dois intervalos, quando comparados aos idosos com 65 anos ou mais. Os resultados mais preocupantes foram encontrados entre os participantes clinicamente vulneráveis imunizados com a AstraZeneca, já que o estudo demonstrou que os níveis de anticorpos são consideravelmente mais baixos nesse grupo 70 dias após a vacinação completa.

"A distribuição universal da dose de reforço em países de alta renda deve ser cuidadosamente considerada no contexto do aumento da desigualdade global de vacinas. Dados sobre disparidades nos níveis de pico de anticorpos e taxas de declínio podem, portanto, informar a implantação de reforço direcionada e equitativa", salientaram os autores, afirmando que a oferta de doses de reforço esbarram em questões éticas.

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