O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse neste sábado que pretende antecipar a aplicação da segunda dose da vacina da Pfizer a partir do mês de setembro, quando todos os adultos já devem ter recebido pelo menos uma dose de imunizantes contra a Covid-19.
Ao fazer que as pessoas possam completar o esquema vacinal em menos tempo, o adiantamento deve ajudar a barrar a disseminação da variante Delta, mais contagiosa.
A informação foi confirmada pelo ministro após evento de lançamento do programa-piloto de testagem em massa, na Feira dos Importados, em Brasília:
"À medida em que a gente avance na primeira dose, já se rediscutiu colocar a Pfizer no intervalo de 21 dias. (A previsão é) em setembro. Nós já temos 70% da população acima de 18 anos com uma dose", afirmou o cardiologista.
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Atualmente, o intervalo entre as doses é de três meses. Com a mudança, a população poderá completar o esquema vacinal da Pfizer em três semanas, intervalo previsto em bula.
O Ministério da Saúde já estudava adiantar a segunda dose, mas recuou diante de pedidos dos secretários estaduais para que o governo federal priorizasse aplicar pelo menos uma dose em toda a população com idade a partir dos 18 anos.
Estudo da Universidade de Oxford indica que o intervalo ideal é de oito semanas. O trabalho, divulgado no fim de julho, foi realizado com 503 profissionais de saúde.
O laboratório informou que a “segurança e eficácia da vacina não foram avaliadas em esquemas de dosagem diferentes”, porém, “as indicações sobre regimes de dosagem ficam a critério das autoridades de saúde e podem incluir recomendações seguindo os princípios locais de saúde pública”.