Israel passou a exigir que qualquer pessoa com mais de 3 anos de idade mostre uma comprovação de vacinação ou teste negativo de covid-19 antes de entrar em boa parte dos espaços fechados, já que o país está vivendo um forte aumento nas infecções e internações.
Restaurantes, cafés, museus, bibliotecas, ginásios e piscinas estão entre os locais que exigem este "Green Pass" ("Passe verde"). Já lojas e shoppings não entram neste sistema.
O governo israelense diz que o país está "em guerra" com o vírus, apesar de ser um líder mundial em vacinação.
"A mortalidade está aumentando a cada dia ", disse Salman Zarka, epidemiologista e conselheiro do governo, a uma comissão parlamentar nesta quarta-feira (18/8), de acordo com o jornal Jerusalem Post.
As próximas duas semanas que antecedem o festival do Ano Novo judaico de Rosh Hashanah, em 6 de setembro, serão "críticas", ele advertiu.
Se as coisas não melhorarem, "chegaremos a um lockdown como o primeiro e o segundo, onde não poderemos nos afastar mais do que 100 metros de nossas casas".
O Ministério da Saúde israelense registrou 7.870 novos casos de covid-19 na terça-feira, uma ligeira diminuição em relação a segunda-feira, com 8.752, o maior número diário dos últimos seis meses.
Mais de 120 pessoas morreram após contrair o vírus na semana passada — o dobro do total mensal registrado em julho — e 600 pessoas estão em estado crítico em hospitais.
O governo já havia tentado conter este aumento restabelecendo algumas restrições e voltando com o sistema Green Pass.
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Antes desta quarta-feira, apenas crianças com 12 anos ou mais — faixa etária que já pode se vacinar desde junho — e adultos eram obrigados a mostrar um Green Pass.
Agora, esta exigência também vale para crianças entre 3 e 11 anos de idade. Seus testes serão pagos pelo governo, já que este grupo não pode se vacinar ainda (a não ser que tenham 5 anos de idade ou mais e tenham alguma condição de saúde específica que agrave o risco da covid-19).
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As cerca de um milhão de pessoas que não foram vacinadas, apesar de poderem, devem pagar pelos seus próprios testes. Esse grupo corresponde a cerca de 11% da população.
Em outra frente, Israel começou a dar uma terceira dose da vacina Pfizer-BioNTech a pessoas com mais de 50 anos, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades.
Até agora, cerca de 1,1 milhão de pessoas elegíveis receberam suas doses de reforço.
O plano de saúde israelense Maccabi, que cobre cerca de um quarto da população, informou na quarta-feira que uma terceira dose da Pfizer foi 86% eficaz na prevenção da infecção por covid-19 em pessoas com mais de 60 anos.
Zarka destacou que, entre os internados em estado crítico, ninguém tinha recebido uma dose de reforço.
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