Fiocruz diz que Rio está na 'zona crítica', com 96% de ocupação de leitos de UTI
Foto: Tempura/iStock
Fiocruz diz que Rio está na 'zona crítica', com 96% de ocupação de leitos de UTI

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, nesta quarta-feira (25), a nova edição do Boletim Observatório que acompanha, no Brasil, os números da covid-19.  Rio de Janeiro e Boa Vista são as únicas capitais que estão na "zona crítica" em ocupação de leitos de UTI. O documento aponta que a capital fluminense, hoje considerada o epicentro da variante Delta, está com 96% da  capacidade de leitos de UTI para adultos no SUS ocupados.

O boletim leva em conta a semana entre 15 e 21 de agosto. Segundo a Fiocruz, foi mantida a tendência de queda de indicadores da pandemia. "A análise aponta que, embora o declínio no número absolutos de casos e óbitos seja relevante, há uma estagnação proporcional na melhora para algumas faixas etárias, especialmente os idosos".

O Brasil já aplicou, até o dia 17 de agosto, 169 milhões de doses de vacinas e cerca de 71,6% da população adulta tomou ao menos uma dose. Desses, 31,4% completaram o esquema de vacinação, enquanto 40,2% receberam apenas a primeira aplicação.

Apesar do número de vacinados, o boletim indica um lento avanço da vacinação, com uma média de 1 milhão de doses aplicadas por dia. A capacidade do SUS para a distribuição e aplicação de vacinas pode chegar a 2 milhões de doses diárias, cifra que foi alcançada algumas vezes.

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"Os pesquisadores do Observatório ressaltam que, embora alguns estados estejam iniciando a vacinação em crianças e adolescentes, a prioridade é completar o esquema vacinal da população adulta. A análise defende também um debate técnico sobre alternativas para a aplicação da dose de reforço ou para a combinação de imunizantes em idosos ou imunodeprimidos, desde que estudos apontem essa necessidade".

Taxas de ocupação de leitos de UTI covid-19 para adultos no SUS

Todos os estados do Nordeste e do Norte, à exceção de Roraima, estão com taxas de ocupação de leitos inferiores a 50%. Somam-se a eles Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, no Sudeste. Os estados do Sul e do Centro-Oeste registraram, no geral, indicadores em níveis mais baixos. Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso estão fora da zona de alerta.

Paraná e Distrito Federal permaneceram na zona de alerta intermediário, com taxas, respectivamente, de 60% e 63%, mas houve baixa no número de leitos oferecidos: quedas de 1.800 para 1.745 leitos, e 144 para 128 leitos, respectivamente. Também permanecem na zona de alerta intermediário (60% e 80%) Rio de Janeiro (69%), Goiás (64%).

Vinte e dois estados estão fora da zona de alerta. São eles: Rondônia (38%), Acre (9%), Amazonas (44%), Pará (40%), Amapá (21%), Tocantins (44%), Maranhão (49%), Piauí (43%), Ceará (36%), Rio Grande do Norte (36%), Paraíba (19%), Pernambuco (39%), Alagoas (20%), Sergipe (30%), Bahia (36%), Minas Gerais (37%), Espírito Santo (43%), São Paulo (40%), Santa Catarina (49%), Rio Grande do Sul (54%), Mato Grosso do Sul (43%) e Mato Grosso (59%).

Taxas de ocupação de leitos de UTI covid-19 para adultos no SUS nas capitais

Quatro capitais estão na zona de alerta intermediário: Belo Horizonte (64%), Curitiba (72%), Goiânia (73%) e Brasília (63%). Vinte capitais estão fora da zona de alerta: Porto Velho (26%), Rio Branco (8%), Manaus (44%), Belém (35%), Macapá (23%), Palmas (37%), São Luís (54%), Teresina (42%), Natal (39%), João Pessoa (16%), Recife (43%), Maceió (23%), Aracaju (45%), Salvador (26%), Vitória (39%), São Paulo (38%), Florianópolis (18%), Porto Alegre (59%), Campo Grande (49%) e Cuiabá (56%).

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