A agência de medicamentos da União Europeia (EMA) afirmou nesta quinta-feira (9) que precisa de mais dados para prosseguir com a avaliação das vacinas anti- Covid Coronavac e Sputnik V.
Segundo o diretor de estratégia de vacinas da EMA, Marco Cavaleri, as discussões com os fabricantes estão sendo "construtivas", mas ainda é "muito cedo" para definir um calendário preciso para a aprovação dos imunizantes.
"Ainda são necessários dados que precisamos verificar antes de prosseguir com as avaliações", declarou Cavaleri. A Coronavac e a Sputnik V foram desenvolvidas, respectivamente, pelo laboratório Sinovac, da China, e pelo Instituto Gamaleya, da Rússia.
Ambas já são amplamente utilizadas no mundo, e a Coronavac conta inclusive com homologação para uso emergencial da Organização Mundial da Saúde (OMS), mas, até o momento, a UE tem dado preferência a vacinas desenvolvidas em países ocidentais.
A EMA iniciou o processo de "revisão contínua" da Sputnik V em março passado e o da Coronavac em maio. Desde então, porém, não houve avanços na análise da documentação.
Normalmente, todos os dados referentes ao processo de aprovação de um medicamento são entregues à agência de uma só vez. Contudo, no caso de uma "revisão contínua" ("rolling review", em inglês), a EMA analisa a documentação conforme ela é disponibilizada.
Para efeito de comparação, a vacina do consórcio Biontech/Pfizer, primeira autorizada na União Europeia, ficou pouco mais de dois meses sob revisão contínua antes de receber o aval para uso emergencial.