Pesquisa foi realizada nos Estados Unidos com 600 voluntários
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Pesquisa foi realizada nos Estados Unidos com 600 voluntários

Um dia depois de o presidente americano, Joe Biden, emitir decretos com o objetivo de impulsionar a vacinação contra a Covid-19 dos trabalhadores dos EUA, autoridades federais de saúde divulgaram estudos destacando a eficácia das vacinas na prevenção de infecções, hospitalizações e mortes — mesmo diante do crescimento da variante Delta, mais contagiosa.

Três estudos que extraíram dados de diferentes regiões dos EUA avaliaram o poder protetor das vacinas. Um examinou mais de 600 mil casos de Covid em 13 estados, entre abril e julho, e concluiu que os indivíduos que não foram totalmente vacinados eram muito mais suscetíveis à infecção e morte pelo vírus, com 4,5 vezes mais probabilidade de serem infectados do que os vacinados, 10 vezes mais chances de serem hospitalizados e 11 vezes mais chances de morrer.

A proteção da vacina contra hospitalização e morte permaneceu forte, mesmo quando a variante Delta se tornou predominante. Mas a eficácia das vacinas na prevenção da infecção caiu de 91% para 78%, segundo a pesquisa. 

“Como mostramos, estudo após estudo, a vacinação funciona”, disse a Rochelle Walensky, diretora dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, em uma reunião sobre a pandemia na Casa Branca na sexta-feira.

À medida que mais e mais americanos são vacinados, os especialistas sempre esperaram que as pessoas imunizadas representassem uma porcentagem maior de pacientes hospitalizados. “O que quero reiterar aqui é que mais de 90% das pessoas hospitalizadas não foram vacinadas”, disse Walensky. “Ainda temos mais de 10 vezes o número de pessoas no hospital que não foram vacinadas em comparação com as vacinadas.” 

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Doses de reforço 

Dois outros estudos publicados na sexta-feira detectaram uma diminuição da proteção das vacinas entre os adultos mais velhos. 

Um estudo, conduzido em cinco centro médicos de veteranos, concluiu que a proteção contra hospitalização diminuiu com a idade, para 80% para pessoas com 66 anos ou mais, ante 95% para adultos com idades entre 18 e 64. Um segundo estudo constatou que a eficácia da vacina caiu aos 75 anos. 

As descobertas podem ajudar a identificar as populações que podem precisar de doses adicionais ou doses de reforço. Em agosto, a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) autorizou a administração de terceiras doses das vacinas contra o coronavírus da Pfizer-BioNTech e da Moderna para pessoas com sistema imunológico enfraquecido, incluindo pacientes transplantados. 

Mas as autoridades disseram que não há dados suficientes sobre se a eficácia das vacinas diminui ao longo do tempo para recomendar reforços para adultos saudáveis. 

Os dados também sugerem que a vacina Moderna pode ser mais eficaz na prevenção de infecções e hospitalizações contra a variante Delta, em comparação com a vacina Pfizer-BioNTech. Ambas as vacinas de mRNA tiveram taxas de eficácia mais altas do que a injeção Johnson & Johnson, mas os estudos não foram originalmente concebidos para avaliar a eficácia comparativa de diferentes vacinações. 

No estudo de 33 mil consultas médicas em nove estados entre junho e agosto, a vacina Moderna teve uma taxa de eficácia de 92% contra a infecção, em comparação com 77% para a injeção Pfizer-BioNTech. 

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