Uma pesquisa feita no Reino Unido, publicada na revista The Lancet, afirmou que misturar os imunizantes contra o novo coronavírus não é o ideal, mas é seguro. À vista disso, a prefeitura de São Paulo começou a aplicar, na tarde desta segunda-feira (13), a vacina da Pfizer como substituta para quem deveria tomar a segunda dose com a fórmula da AstraZeneca .
Desde a semana passada, o estado paulista está com déficit da vacina da Oxford, e o calendário de imunização está atrasado. Diante disso, a troca de uma vacina pela outra, mesmo de fabricantes diferentes, foi aprovada pelo Ministério da Saúde, pelo Plano Estadual de Imunização e pelo Comitê Científico do Estado
Segundo os pesquisadores, participaram da pesquisa 830 voluntários com idades acima de 50 anos. Eles concluíram que as pessoas que misturaram as vacinas, se contaminados, desenvolveram sintomas leves a moderados. Ainda, a resposta imunológica foi melhor neste grupo do que entre pessoas que tomaram as doses do mesmo fabricante.
Em entrevista ao UOL, o imunologista Marcelo Bossois, afirmou que a junção desses imunizantes só deve ser administrada se houver realmente necessidade. Segundo ele, as vacinas com tecnologias iguais seria o ideal.
“No caso da AstraZeneca, a melhor opção seria a Janssen, pois ambas carregam o vírus ‘vivo’. Contudo, colocando na balança os riscos e benefícios, corroborados com os estudos científicos já publicados, isso realmente nos dá segurança de fazer isso e acabar logo com a pandemia”, declarou Bossois.