Queiroga, sobre acelerar vacinação: acelerando demais você pode escorregar na curva
Reprodução: ACidade ON
Queiroga, sobre acelerar vacinação: acelerando demais você pode escorregar na curva

Dias depois de afirmar que a vacinação de  adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades seria suspensa por falta de evidências científicas, o ministro da Saúde Marcelo Queiroga voltou a comentar o episódio. Desta vez, no entanto, ele disse que se trata de uma questão de "prioridade", já que o governo deseja acelerar a imunização de adultos com as duas doses.

"Eventos adversos da vacina existem e não são motivo para suspender campanha de vacinação ou se relativizar os seus benefícios. Mas a autoridade sanitária tem que avaliar esses casos até para que faça as notificações devidas. Mesmo que tenha sido um evento adverso ligado à vacina, não invalida a vacinação. O que o governo já defendeu é que os adolescentes deveriam ser vacinados depois. Precisamos avançar nos acima de 18 anos. É questão de prioridade e de logística", disse.

O evento adverso em questão foi anunciado junto com a suspensão da vacina para a faixa etária, e colocado como uma das justificativas que pesou para a decisão. O caso do menino de 16 anos, residente em São Bernardo do Campo, foi investigado pela Anvisa. Na sexta-feira, o Governo de São Paulo afirmou que o óbito não havia relação com a vacinação.

A Pfizer também se pronunciou em comunicado, informando que não havia sido estabelecida nenhuma relação causal entre o óbito e a vacina.

"Em breve teremos uma definição desse caso, dessa adolescente. Assim que tivermos um dado concreto passaremos para a sociedade brasileira", completou Queiroga, que está nos Estados Unidos para acompanhar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)na Assembleia-Geral da ONU. Na visão do Ministro, a vacinação no Brasil está em um ritmo satisfatório.

"Às vezes, acelerando demais, você escorrega na curva. O Brasil já vai muito bem na vacinação. Temos uma perspectiva real de ter toda a população acima de 18 anos vacinada com as duas doses até outubro. Já começamos a distribuir vacinas para os idosos para a dose de reforço. Quantos países fizeram isso no mundo? São poucos", finalizou.

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