São Paulo se prepara para a volta de todos os estudantes às salas de aula. Segundo Rossieli Soares, secretário da Educação no estado, passo é "fundamental" diante da reabertura gradual pela qual o estado passa.
"As crianças estão com uma série de déficits de aprendizado, psicológicos, com depressão e ansiedade. Nunca foi visto o que se está vendo agora. A volta às aulas é um processo constante e importante, um passo fundamental que São Paulo está dando. Teremos reuniões nos próximos dias, ajustando e alinhando necessidades, com a nossa rede, parceiros e escolas privadas", disse.
Soares opina que a educação tem que ser proridade. “Enfrentamos um problema de evasão, e quanto mais tempo nós demorarmos, pior será para esta geração inteira. Eu acho um absurdo o estado brasileiro não colocar a educação como prioridade absoluta. Estamos avançando em todas as áreas, educação tem que ser prioridade”, falou.
O secretário também falou sobre o avanço da vacinação e acrescentou que o estudo presencial é insubstituível. “Se a gente quer falar de futuro para esta geração, a educação tem que ser prioridade. Nada substitui a presencialidade, especialmente na educação básica”, afirmou.
Paulo Menezes, coordenador do Comitê Científico do combate à covid-19 em SP diz que os especialistas que embasam as decisões do governo estão "convictos" sobre a decisão, considerando que 90% dos adolescentes de 12 a 17 anos já estão vacinados com ao menos a primeira dose do imunizante, e 90% dos profissionais da educação já apresentam vacinação completa.
"O comite cientifico vem discutindo, analisando e dando aval a todas medidas tomadas pela Secretaria da Educação. Quero chamar atenção para que na semana que vem, dia 18, o que muda é a regra de presença. Mas não o distanciamento na classe, estabelecida de 1 metro. Temos acompanhado os números da Secretaria de Educação do ponto de vista de transmissão nas escolas, não há nenhum indício que mostre risco na atividade", disse Menezes.
"Entendemos que com esse avanço mostrado na vacinão, inclusive entre adolescentes que ja tem a primeira dose, e o resultado dos indicadores, continuamos com uma melhora progressiva apesar da variante delta. Estamos convictos que a necessidade dos estudantes supera e - muito a - possibilidade de algum risco de transmissão nas escolas."
Alunos com comorbidades ou gestantes poderão continuar no ensino remoto mediante laudo médico, salientaram as autoridades.
Volta às aulas
O estado de São Paulo determinou que as aulas presenciais - tanto na rede privada, quanto na rede pública - voltarão a ocorrer de maneira obrigatória a partir da próxima segunda-feira, dia 18 de outubro. A informação foi divulgada pela Secretaria Estadual de Educação na manhã desta quarta-feira (13) e diz respeito sobre os 3,5 milhões de alunos distribuídos em quase 5,5 mil escolas.
De acordo com a pasta, o distanciamento social entre as carteiras, delimitado a um metro de distância desde agosto deste ano, não será mais exigido a partir do dia 03 de novembro.
A utilização de máscaras individuais, item de proteção contra a disseminação do novo coronavírus, seguirá obrigatório para todos. Álcool em gel e outras medidas sanitárias continuarão disponíveis aos alunos.
O governo estadual já havia liberado, no início de agosto, o retorno das aulas presenciais com 100% de ocupação - desde que respeitados os protocolos sanitários da área de educação - como o revezamento de grupos ocupando a unidade de ensino. A medida, porém, era facultativa e dependia da autorização dos pais.