Em meio à pandemia da covid-19, a alta no número de contágios de uma outra doença no sul do Brasil chama atenção . O Norovírus, doença gastrointestinal de fácil contágio, já infectou mais de 2 mil pessoas no Rio Grande do Sul.
Muitos, no entanto, ainda têm poucas informações sobre o surto, que na última semana foi tema de um alerta emitido pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) do estado. Veja sobre o que se trata.
O que é o Norovírus?
O Norovírus é, como o próprio nome diz, um vírus que pode ser transmitido por meio da ingestão de água, por alimentos ou até mesmo de indivíduo para indivíduo. Os primeiros diagnósticos do que hoje é visto como um surto no RS foram feitos no fim de agosto.
O vírus pode apresentar resistência à quantidade de cloro presente na água tratada. Quanto mais material orgânico, maior as chances dele se proliferar.
O que causa o Norovírus?
Segundo a Secretaria de Saúde do RS, a doença está possivelmente associada à ingestão de água, mas o contágio de grau considerado alto pode também ocorrer por alimentos ou de indivíduo para indivíduo.
Quais os sintomas?
Os sintomas mais recorrentes são diarreia, dor abdominal ao evacuar, náusea, vômito e febre.
Como tratar?
Como outras doenças gastrointestinais, em casos de Norovírus, o indicado é consumir água apenas de fontes seguras e tratadas, ou filtradas. Em nota, a Secretaria de Saúde do RS orientou também que os cidadãos façam a limpeza das caixas d'água, para evitar a contaminação.
Aumentar a ingestão de líquidos para evitar a desidratação, principalmente de crianças e idosos também é uma das recomendações.
Caso os sintomas se agravem, a orientação é procurar pelo atendimento médico.
Onde ocorre?
Por enquanto, 25 municípios do Rio Grande do Sul já notificaram casos de Norovírus. Bento Gonçalves, com 394 casos e Santa Cruz do Sul, com 374, são as cidades com mais casos confirmados.
Como se prevenir?
Os cidadãos devem sempre se atentar para a origem da água que está sendo consumida. Caso a fonte seja desconhecida, vale ferver antes do consumo e do preparo de alimentos. O gelo também deve ser observado, feito a partir de água potável e/ou fervida.
Fazer a higiene das mãos da forma adequada também previne, principalmente após utilizar o banheiro, trocar fraldas, e antes de manipular alimentos.
Para quem já se infectou, vale se afastar das atividades de manipulação de alimentos e reforçar a higiene de objetos e pessoal, mesmo após o desaparecimento dos sintomas.