Gestantes que não tomaram a vacina contra a covid-19 têm cinco vezes mais chances de morrer por consequências da doença, segundo dados do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 (OOBr).
O grupo de pesquisadores, vinculados ao projeto Observatório Obstétrico Brasileiro, e que reúne profissionais da USP e da UFES, analisou dados públicos sobre as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de gestantes e puérperas desde o início da pandemia, comparando-os com o início da vacinação para o grupo.
Considerando os casos graves, a letalidade foi de 14,6%, ante 9,3% em quem tomou ao menos uma dose. Em quem recebeu duas doses, o índice cai para 3,2% - ou seja, 5,26 vezes menor.
Outro dado preocupante é que em todo país, mais de 80% das gestantes e puérperas internadas com SRAG não foram vacinadas.
Desde o início da pandemia, 18.306 mulheres nesse grupo foram internadas no Brasil. A partir de maio, quando elas foram incluídas na vacinação, o número de internadas foi de 3.972.
Segundo os pesquisadores, a baixa adesão à vacinação se deve a influência de notícias faltas sobre malefícios do imunizante. Os especialistas, alertam, no entanto, que toda mulher grávida, em qualquer período gestacional, pode se vacinar.