Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, defendeu fechamento de fronteiras com países da África
Tony Winston/MS
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, defendeu fechamento de fronteiras com países da África

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se mostrou favorável ao fechamento de fronteiras com países da África para evitar a contaminação pela nova variante da Covid-19, conhecida como Ômicron. Segundo Queiroga, a medida passa a valer na próxima segunda-feira (29).

Na sexta-feira (26), o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, anunciou o fechamento de fronteiras para seis países africanos. Os locais apresentam, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os maiores índices da nova cepa do coronavírus.

"Vamos fechar as fronteiras aéreas para 6 países da África: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. A medida foi necessária para que a nova variante do coronavírus não cause grave impacto no Brasil", afirmou Queiroga, em suas redes sociais.

A decisão de fechar as fronteiras segue as medidas tomadas por outros países, como Itália, Reino Unido e os Estados Unidos, que anunciaram restrições para evitar uma nova contaminação pela Ômicron. A portaria foi publicada em conjunto pelos ministérios da Casa Civil, Saúde e Justiça. O presidente Jair Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Ômicron

A nova variante da Covid-19 foi notificada para a OMS no último dia 24 de novembro por autoridades de saúde africanas. De acordo com a organização, os primeiros casos foram registrados em Botsuana, em 11 de novembro e logo se espalhou pela África. 

A variante B.1.1.529 tem 32 mutações na proteína spike, responsável por preparar o sistema imunológico contra a doença após a vacinação. Segundo virologistas, a nova cepa é mais perigosa que as anteriores, mas ainda faltam estudos sobre sua mortalidade. A OMS ressaltou a realização de novas pesquisas, que devem ser divulgadas nas próximas semanas. 

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