Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan
Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan

O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que a  recém-descoberta variante da Covid-19, denominada ômicron , "infelizmente" vai chegar ao Brasil. De acordo com ele, "resta saber se [a variante] será contida".

Identificada primeiramente na África do Sul, a ômicron foi classificada como "variante de preocupação" pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e causa apreensão por parte de autoridades ao redor do mundo, devido à maior facilidade de transmissão.

Até o momento, pelo menos 10 países já registraram casos de infecção pela nova cepa do vírus e muitos deles fecharam suas fronteiras a viajantes vindos de países da parte sul do continente africano . O Brasil proibiu voos de 6 países: África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

"O Brasil e os demais países dependem de medidas locais e regionais", disse Covas à  Folha de S. Paulo . De acordo com ele, além do controle de entrada de viajantes, também é preciso que eles façam quarentena. "Não vejo isso sendo adotado".

O presidente do Instituto afirmou ser estudada a possibilidade de fazer doações da vacina Coronavac a países africanos para ajudar na contenção do vírus, já que a taxa de imunização no continente é baixa.

Conforme o Our World in Data,  apenas 7,15% da população do continente africano inteiro estão totalmente vacinados contra a Covid-19. Em comparação, a União Europeia, por exemplo, tem 66,94% de seus habitantes com o esquema vacinal completo.

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