Apesar da confirmação de dois casos da variante Ômicron no Brasil , o governo federal decidiu esperar novas informações antes de adotar novas medidas em relação à Covid-19. Na noite desta terça-feira (30), representantes dos ministérios da Casa Civil, Saúde, Justiça, Infraestrutura, Relações Exteriores e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniram no Palácio do Planalto.
No último sábado (27), a Anvisa publicou uma nota técnica sugerindo a adoção de medidas que impeçam a entrada de viajantes de Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia no Brasil. Segundo o governo federal, após a reunião desta terça-feira, foi decidido que há necessidades de mais esclarecimentos sobre a situação epidemiológica nesses países antes dessa decisão.
O Brasil já proibiu a entrada de pessoas vindas da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue. Entretanto, a Anvisa confirmou nesta terça-feira os primeiros casos da variante no país.
O governo não se pronunciou sobre outra recomendação da Anvisa, sobre a obrigação de vacinação para entrada no Brasil por ar e por terra.
As recomendações, enviadas em 12 de novembro ao Planalto, consideram as mudanças no cenário epidemiológico.
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"A inexistência de uma política de cobrança dos certificados de vacinação pode propiciar que o Brasil se torne um dos países de escolha para os turistas e viajantes não vacinados, o que é indesejado do ponto de vista do risco que esse grupo representa para a população brasileira e para o Sistema Único de Saúde”, destacou a agência ao defender a medida.
Em comunicado enviado pelo Ministério da Casa Civil nesta terça-feira, o governo afirma que o monitoramento continuará sendo feito pelo Ministério da Saúde, que acompanha a evolução da pandemia no Brasil e no mundo.
"O Governo Federal também permanece atento a qualquer modificação no perfil epidemiológico junto aos estados, municípios e ao Distrito Federal, e seguirá atualizando as restrições excepcionais e temporárias de entrada no Brasil com base em estudos e pareceres técnicos de todos os órgãos envolvidos, respeitando os princípios da oportunidade, conveniência e precaução", afirmou o governo federal.