A alta de infecções na Europa fez com que a Alemanha quebrasse um recorde negativo nesta quarta-feira (1º). Segundo as autoridades de saúde do país, em um dia, registrou-se 446 óbitos por covid-19, o maior número desde fevereiro de 2021.
O Instituto Robert Koch, que atua no combate à doenças infecciosas, registrou mais de 67 mil casos da doença. A expectativa é de que cerca de 6 mil pessoas tenham que ser internadas em leitos de UTI até dezembro, número maior do que no ano passado.
Olaf Scholz, o sucessor da atual chanceler Angela Merkel, anunciou um projeto de lei para que a vacina contra covid-19 seja obrigatória. A questão deve ir ao parlamento ainda neste ano. A expectativa é convencer os cidadãos a se imunizar.
Por enquanto, apenas profissionais de saúde e militares serão obrigados por lei a receber o imunizante. O texto, no entanto, ainda não entrou em vigor. O novo projeto, válido para todos os cidadãos, pode começar a valer em março, segundo a agência RFI.
A questão é polêmica. Em uma pesquisa feita recentemente, 64% dos alemães se declararam a favor da obrigatoriedade. Enquanto isso, apenas 67,9% completaram o esquema vacinal, de acordo com a plataforma Our World in Data, da Universidade de Oxford; e 70% tomaram só uma dose.
A variante Ômicron também já desembarcou no país. Quatro pessoas que já haviam se vacinado testaram positivo e relataram sintomas leves. Três haviam passado pela África do Sul em novembro, e a quarta pertence à família de um dos infectados.