A farmacêutica Sinovac, da China, iniciará testes clínicos para avaliar uma versão adaptada da vacina CoronaVac contra a cepa Ômicron. O anúncio da etapa de estudos foi realizado nesta terça-feira em um simpósio dedicado ao imunizante, realizado pelo Instituto Butantan — responsável pela operacionalização da vacina no Brasil.
De acordo com a vice-presidente da Sinovac, Yaling Hu, a instituição fará uma série de análises dedicadas a compreender a eficácia da vacina contra a cepa. A preparação e testagem da versão atualizada da vacina devem ser concluído em três meses.
"Estamos num desenvolvimento específico para a cepa Ômicron. Na primeira avaliação queremos isolar o vírus e fazer testes de anticorpos neutralizantes, incluindo diferentes cronogramas de vacinação e diferentes faixas etárias, e o intervalo ideal para o reforço", afirmou a especialista.
A farmacêutica está apta a fabricar entre 1 e 1,5 bilhão de doses de vacina adaptada por ano, diz Yaling Hu. Além disso, testes mais rápidos dedicados a compreender a viabilidade da CoronaVac original frente à nova variante têm previsão de apresentarem resultados em duas semanas.
Com esse anúncio, a Sinovac se junta a outras desenvolvedoras, a exemplo da Moderna e Pfizer, que declararam o interesse em preparar vacinas adaptadas contra a nova mutação — que causou um aumento vertiginoso de casos na África do Sul, incialmente.
O simpósio dedicado a apresentar resultados da CoronaVac deve se estender até a próxima quinta-feira. Na abertura das atividades, hoje, o diretor do Butantan, Dimas Covas, afirmou que essa vacina têm dado uma contribuição “imensa” no combate à pandemia.