Filha tranquiliza fãs de Pelé: 'Ele volta para casa para curtir o Natal'
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Filha tranquiliza fãs de Pelé: 'Ele volta para casa para curtir o Natal'

Na última segunda-feira (6), Pelé teve que ser novamente internado para tratar um tumor no cólon. O Rei do Futebol doi diagnosticado com a doença em setembro deste ano, pouco antes de completar 81 anos. Passou por uma cirurgia para a retirada do tumor, e segue em tratamento.

O cólon é uma parte do instestino grosso, e em 90% dos casos, tumores como esses se originam de "pólipos", uma espécie de lesão causada pelo crescimento desordenado de células. Ao longo dos anos, essas lesões vão sofrendo alterações que podem se tornar cancerígenas.

Segundo o Dr. Cássio Vieira de Oliveira, chefe do serviço de endoscopia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB), trata-se de um câncer.

"Eles [pólipos] nascem benignos, e podem evoluir para uma neoplasia, para um tumor maligno. O tratameto depende do estágio da doença. Lesões diagnosticadas precocemente podem ser tratadas endoscopicamente. Lesões mais avançadas necessitam de tratamento cirurgico ou até mesmo complementar, como a quimioterapia", explica.

Embora o Ministério da Saúde no Brasil oriente que a colonoscopia, principal forma de diagnóstico, seja feita a partir dos 50 anos, especialistas orientam que ele seja adotado a partir dos 45. Para quem tem histórico na familia, principalmente em parentes de 1º grau, ele pode ser solicitado ainda mais cedo.

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O Dr. Gustavo Patury, cirurgião do aparelho digestivo do Saúde Minuto, afirma que com uma colonoscopia "precoce", já é possível localizar se há algum pólipo, alguma lesão ainda benigna no paciente. Uma outra opção é a pesquisa de sangue oculto, que examina as fezes do paciente. Se positivo, ele será encaminhado para uma colonoscopia.

"Os casos são mais comuns em pacientes obesos, que consomem muitas carnes vermelhas ou processadas", ensina. "Manter uma dieta rica em fibras, exercícios físicos, não fumar ou consumir bebidas alcoolicas diminui o fator de risco", afirma. Os primeiros sintomas desse tipo de tumor são fraqueza, anemia e mudanças nos hábitos intestinais.

O câncer de intestino, que abrange tumores do cólon, reto e ânus, é o terceiro tipo mais comum do mundo, responsável por 10% de todos os diagnósticos.

No Brasil, dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que ele figura em terceiro lugar entre os homens, ficando atrás da próstata e do pulmão; e o segundo em mulheres - o de mama é o primeiro. Em média, são diagnosticados 40 mil casos por ano.

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