O Ministério da Saúde anunciou que imunossuprimidos terão diretão a tomar uma quarta dose da vacina. A decisão, formalizada em nota técnica nesta segunda-feira, se aplica a quem já completou o ciclo de imunização e tomou uma dose de reforço. O intervalo será de quatro meses contados a partir da última dose.
A medida se estende a pessoas com imunodeficiência primária grave, HIV ou aids, em quimioterapia contra câncer, a transplantados e em hemodiálise, entre outras doenças e condições clínicas.
"Uma dose de reforço da vacina COVID-19 para todos os indivíduos imunocomprometidos acima de 18 anos de idade que receberam três doses no esquema primário (duas doses e uma dose adicional), que deverá ser administrada a partir de 4 meses", diz a nota técnica.
O objetivo é fortalecer a resposta imunológica desse grupo, que tem as defesas diminuídas em razão de doenças ou do uso de de determinados medicamentos. A medida também visa barrar o avanço da variante Ômicron, que já tem transmissão comunitária registrada em São Paulo.
"Na nossa opinião, é uma decisão correta. Na realidade, (para) os imundeprimidos, o que a gente considera terceira dose faz parte da imunização primária. Ele precisa das três doses para ter a proteção conferida a outras pessoas com duas doses. Então, a quarta dose será um reforço", avaliou o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Juarez Cunha.