O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirma que a principal preocupação em relação à variante Ômicron da Covid-19 é a disposição das vacinas em determinados locais. Ele mesmo afirma que o Ministério da Saúde vai distribuir 28,2 milhões de testes rápidos de antígeno para detecção da doença para estados e municípios.
"O que nos preocupa hoje em relação à variante Ômicron é justamente porque existem regiões no país onde a cobertura vacinal ainda é baixa", reforça o ministro. Ainda segundo ele, os testes poderão ser feitos em locais "de grande aglomeração", como rodoviárias, shoppings e aeroportos.
"Os municípios podem adotar esse tipo de estratégia para aumentar a capacidade dos diagnósticos. Agora, é fundamental que esses diagnósticos sejam revertidos para a plataforma do Ministério da Saúde para que possamos acompanhar o aumento dos casos”, completa.
O Ministério da Saúde segue trabalhando para recuperar os dados perdidos depois dos ataques de hackers em dezembro. Apesar disso, segundo Queiroga , "subnotificação sempre houve e não tem a ver com ataque de hackers, isso é gigantismo no Sistema Único de Saúde. As dificuldades crônicas que temos dentro do sistema de saúde estão diminuindo e acredito que semana que vem os dados já estarão de volta", garantiu.
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Migrando para o assunto dos aeroportos, o ministro também disse não acreditar que restrições possam impedir a entrada de variantes no país. Medidas restritivas de entrada nos países, inclusive no Brasil, têm sido adotadas desde o início da pandemia, em 2020, para evitar aumento nas contaminações por novas variantes.
"Não tem como (fechando aeroportos) você impedir que as variantes entrem, porque antes das variantes serem identificadas elas já estão espalhadas pelo mundo todo. O comitê vai analisar, porque quem define a política pública é o Executivo, não é agência nenhuma, a agência cuida da regulação.”
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) passou a recomendar, em dezembro, que portos e aeroportos exijam dos viajantes o comprovante de vacinação contra a Covid-19, à medida em que a Ômicron foi se agravando em todo o mundo. O ministro também afirmou que o ministério avalia a redução do tempo de quarentena .
"Esse é um ponto que está sendo analisado. Aliás, o município do RJ já recomendou isso, aqueles que durante cinco dias estão assintomáticos e com recomendação médica e teste negativo estão liberados".