O Instiituto Butantan entregará ao Ministério da Saúde dez milhões de doses da CoronaVac, produzida pelo instituto em parceria com a chinesa Sinovac, para a vacinação de crianças. O anúncio foi feito nesta quarta-feira pelo presidente do Butantan, Dimas Covas.
"Amanhã entregaremos a totalidade de dez milhões de doses que saem dos depósitos para o Ministério da Saúde. O contrato foi assinado entre a noite de ontem e a manhã de hoje. A liberação será imediata", afirmou Covas em coletiva de imprensa do governo de São Paulo, no Palácio dos Bandeirantes.
A Anvisa aprovou em janeiro o uso da CoronaVac em crianças de 6 a 11 anos. Além dela, o imunizante da Pfizer também possui autorização para aplicação no público infantil no país.
O novo acordo com o governo federal marca uma aproximação depois de uma série de desavenças, com o embate político entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria, como pano de fundo.
Depois de ter comprado 100 milhões de doses da CoronaVac para imunização de adultos, no início da campanha de imunização, o Ministério da Saúde afirmou em outubro do ano passado que não faria aquisição de novos lotes. A pasta, inclusive, não contemplou o uso da CoronaVac para aplicação da dose de reforço pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), o que motivou uma série de críticas por parte do Butantan e do governo de São Paulo.
A reaproximação se deu no mês passado, quando começaram as negociações para compra do imunizante do Butantan.
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60% das crianças vacinadas
Na mesma coletiva de imprensa, o governo de São Paulo anunciou que 60% das crianças do estado já receberam a primeira dose de vacina contra a Covid. O número equivale a 2,4 milhões de crianças com idades entre 5 e 11 anos.
O estado informou que faz busca ativa da população infantil para vacinação e que reforçará a busca ativa de crianças na Semana "E", de 19 a 25 de fevereiro, para incentivar a imunização dessa faixa etária.
No total, São Paulo tem hoje 81,2% da população total vacinada com as duas doses. O índice sobe para 86,9% quando considerada apenas a população maior de 18 anos.
Segundo o secretário de estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, o estado registra queda de internações e casos.
"Houve ainda leve incremento no número de óbitos, em decorrência de dados rerportados de forma tardia e também repercussão de pacientes que internaram de forma grave nas unidades de terapia intensiva", afirmou.