Subiu para sete o número de brasileiros que testaram positivo para Covid-19 em Xangai, na China, desde o início do lockdown há pouco menos de um mês na cidade de 25 milhões de habitantes. O aumento foi de 75% em comparação à marca de 10 dias atrás, quando havia confirmação de quatro casos, segundo o Itamaraty.
Entre os infectados, três foram transferidos para unidades de isolamento, enquanto outros três estão em suas residências. Um dos brasileiros não deu detalhes sobre sua situação, de acordo com o Consulado-Geral em Xangai.
No grupo, quatro foram casos assintomáticos, e um apresentou sintomas leves. O estado de saúde dos outros dois é desconhecido pela repartição brasileira na cidade.
O Consulado informou, por meio de nota, que "continua prestando toda assistência possível aos brasileiros", o que inclui orientações sobre realização de testes, possibilidade de traslado a outras cidades e leitura dos resultados dos exames. Disse ainda que acompanha o estado de saúde dos contaminados e transmite suas necessidades a equipes hospitalares e de hotéis, onde alguns cumprem quarentena.
A repartição afirmou também que oferece apoio na renovação do visto e mantém contato com comitês de bairros para suprimento de alimentos e insumos.
Autoridades da capital financeira flexibilizaram nesta quarta-feira parte das rigorosas medidas que compõem a política de Covid Zero, que visa eliminar totalmente a circulação do vírus com isolamento e testagem em massa. Cerca de 4 milhões de pessoas foram liberadas do confinamento na metrópole.
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Xangai confirmou nesta terça-feira sete mortes relacionadas à Covid-19, elevando o total de óbitos para 10 desde o surgimento do novo surto, provocado pelo avanço da variante Ômicron. As vítimas, no entanto, teriam morrido por doenças subjacentes e não estavam vacinadas. Oito delas tinham mais de 60 anos.
A capital financeira foi responsável por 95% dos casos reportados na China nas últimas 24 horas. O país contabilizou mais 19.927 infectados.
Xangai já realizou mais de 200 milhões de testes de ácido nucleico desde 10 de março em uma tentativa de conter o maior surto de Covid-19 da China desde que o coronavírus foi descoberto pela primeira vez, em Wuhan, no fim de 2019.
Muitos moradores de Xangai se queixam da falta de alimentos e do zelo excessivo das autoridades para que a quarentena seja respeitada.
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