Passamos quase um terço de nossas vidas na cama. Não há nada como chegar no final do dia e encostar a cabeça no travesseiro, deitar em um lençol limpo e cheiroso e se cobrir com um edredom macio. Mas, afinal, com que frequência é preciso trocar a roupa de cama?
Uma pesquisa feita no Reino Unido mostrou que a lavagem quinzenal de lençóis foi considerada a mais comum. Entretanto, outro levantamento, feito por vários meios de comunicação locais, mostrou que quase metade dos participantes do sexo masculino solteiros no Reino Unido só lavavam seus lençóis depois de quatro meses.
Multiplicação de bactérias
O microbiologista Philip Tierno, da Universidade de Nova York, recomenda lavar os lençóis semanalmente, em entrevista ao site especializado IFL Science. Quando dormimos, nós suamos e liberamos células mortas da pele. Quanto mais tempo passamos enrolados no mesmo jogo de lençóis, mais eles se transformam em uma espécie de “meio ideal de cultura” de fungos e bactérias.
Isso significa que eles começam não só a cheirar mal, como podem hospedar micróbios prejudiciais à saúde. Por isso, no verão, em especial em noites muito quentes e de muito suor, a recomendação é trocar os lençóis com ainda mais frequência, a cada quatro dias, por exemplo.
Outra recomendação é arejar o lençol todas as manhãs para evitar o acúmulo de umidade e torná-lo um local menos atraente para as bactérias e ácaros. Para isso, basta puxar o edredom para trás e deixar os os lençóis respirarem antes de arrumar a cama.
Pesquisa publicada na revista Journal of Allergy and Clinical Immunology mostrou que camas pode ser “reservatórios de alérgenos”, ao acumular substâncias desencadeantes de crises alérgicas, como pêlos de animais, pólen, detritos de ácaros e até mesmo fungos e bactérias e ácaros. A proliferação desses micróbios pode causar desde desconforto, até alergias, erupções cutâneas e doenças.
Leia Também
Ficar sem lavar os lençóis por mais de três semanas, por exemplo, aumenta a probabilidade da proliferação de bactérias nocivas, incluindo Staphylococcus aureus, que pode causar desde acne até pneumonia. E. coli é outro culpado comum que, se exposto às partes erradas do corpo, pode desencadear uma infecção urinária ou no peito.
Outras dicas
Os colchões também podem ser uma grande fonte de bactérias e micróbios . Como higienizá-lo frequentemente é uma tarefa mais difícil do que o lençol, o ideal é usar uma capa lavável – e higienizá-la, no máximo, a cada duas semanas.
Em artigo publicado no site especializado The Conversation, o professor de microbiologia médica na Universidade de Westminster, Manal Mohammed, recomenda limpar o colchão e a base da cama todos os meses para remover alérgenos e poeira.
Para matar os germes de maneira eficaz, o microbiologista recomenda lavar as roupas de cama em altas temperaturas, entre 40°C e 60°C. Tomar banho antes de dormir, evitar cochilos diurnos ou ir para a cama suando, remover a maquiagem e evitar loções, cremes e óleos antes de dormir também ajudam a manter a roupa de cama limpa entre as lavagens.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.