Anvisa pede reforço no uso de máscaras para evitar a chegada da varíola dos macacos no Brasil
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Anvisa pede reforço no uso de máscaras para evitar a chegada da varíola dos macacos no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou a adoção de medidas já em vigor para conter a Covid-19 em aeroportos e aviões como forma de prevenir a chegada da varíola dos macacos (monkeypox, em inglês) no Brasil. Desde o início do mês, quase 20 países onde o vírus não é endêmico já registraram novos casos da doença, o que era incomum em lugares fora da África Central e Ocidental.

“Tais medidas não farmacológicas, como o distanciamento físico sempre que possível, o uso de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos, têm o condão de proteger o indivíduo e a coletividade não apenas contra a Covid-19, mas também contra outras doenças”, afirmou a agência em nota.

A Anvisa disse ainda estar atenta ao cenário epidemiológico da doença no mundo e que pode “ajustar as medidas sanitárias” em caso de eventual necessidade para proteger a saúde da população.

Os diagnósticos da varíola dos macacos têm intrigado autoridades de saúde, uma vez que casos fora da África eram observados apenas em pessoas que retornaram da região contaminadas. Porém, desde o início do mês, países de diversos continentes relataram eventos de transmissão local, indicando que o vírus está circulando pela primeira vez nesses lugares.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta terça-feira que registrou 131 casos confirmados de varíola dos macacos e investiga outros 106 suspeitos. Um dos diagnósticos em monitoramento foi detectado na Argentina. De acordo com os relatos dos países, no entanto, esse número é ainda maior. Na Europa, região mais afetada, já são mais de 130 registros. Há ainda casos nos Estados Unidos, Canadá, Israel e Austrália.

O que é a varíola dos macacos?

A varíola dos macacos é uma infecção viral rara semelhante à varíola humana, considerada leve. A transmissão normalmente acontece do animal para a pessoa em florestas da África Central e Ocidental. Casos de contágio entre seres humanos podem acontecer, mas são mais raros, aponta a OMS. Por isso, autoridades de saúde pelo mundo monitoram de perto os novos diagnósticos que parecem se espalhar com mais facilidade de pessoa para pessoa.

Embora considerada rara, a OMS explica que a transmissão entre humanos se dá pelo contato com lesões, fluidos corporais, compartilhamento de materiais contaminados e vias respiratórias. Isso inclui o contato íntimo, com uma série de registros sendo associados a locais para relações sexuais, como na Espanha, onde a maioria dos casos foram ligados a uma sauna.

"Recomendamos a qualquer pessoa que esteja tendo mudanças de parceiros sexuais regularmente, ou tenha contato próximo com indivíduos que não conhece, que procurem ajuda caso desenvolvam uma erupção cutânea", disse a conselheira da agência de saúde britânica.

Os dados mostram que os imunizantes utilizados para erradicar a varíola tradicional, em 1980, são até 85% eficazes contra essa versão, de acordo com a OMS. As autoridades de saúde britânicas começaram a oferecer a vacina a alguns profissionais de saúde e outras pessoas que podem ter sido expostas ao vírus.

Os sintomas são febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções na pele (lesões) que começam no rosto e se espalham para o resto do corpo, principalmente as mãos e os pés. Geralmente, a doença é leve, e os sintomas desaparecem sozinhos dentro de duas a três semanas. No entanto, casos graves já foram relatados.

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