Vírus da 'varíola dos macacos'
Foto: Centro de Controle de Doenças/Divulgação - 20/05/2022
Vírus da 'varíola dos macacos'

O Ministério da Saúde apura dois casos suspeitos de varíola de macacos , também chamada de monkeypox, no Brasil. Os possíveis infectados estão em Santa Catarina e no Ceará. Nenhum diagnóstico foi confirmado no país até o momento.

Além deles, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional) monitora outro em Porto Alegre. De acordo com a notificação, obtida pelo GLOBO, o possível paciente é um homem que veio de Portugal e chegou ao país no último dia 10.

“Até o momento, não há casos confirmados da varíola dos macacos (monkeypox) no Brasil. Dois casos estão em investigação nos estados de Santa Catarina e Ceará. O Ministério da Saúde está em contato com estados para apoiar no monitoramento e ações de vigilância em saúde”, diz a nota da pasta.

Dados da sala de situação sobre monkeypox do ministério mostram que haviam 315 casos em 23 países, sendo 309 confirmados até o último domingo. Reino Unido lidera os registros, com 106, seguido por Espanha, com 51. Depois, vêm Portugal (74), Canadá (25) e Estados Unidos (12).

O ministério definiu que a varíola dos macacos é uma doença de notificação compulsória e a comunicação de casos suspeitos à pasta e às secretarias municipais e estaduais de Saúde em até 24 horas se tornou obrigatória na última sexta-feira. A regra vale tanto para o Sistema Único de Saúde (SUS) quanto para a rede particular.

As vacinas disponíveis contra varíola humana — doença que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou erradicada do mundo em 1980 — também fornecem proteção contra a varíola dos macacos. Como O GLOBO mostrou, não há imunizantes ou remédios contra a enfermidade disponíveis no Brasil.

A transmissão ocorre, geralmente, de animais para pessoas em florestas da África Central e Ocidental. Entre humanos, o ministério aponta que o contágio é considerado moderado e ocorre, sobretudo, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele ou objetos contaminados. Quanto a gotículas respiratórias, deve haver maior proximidade com o paciente. Além disso, há a possibilidade de infectar através de fluidos corporais.

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