Caso de varíola do macaco
Reprodução/OMS 20.5.2022
Caso de varíola do macaco

Autoridades médicas do Reino Unido pediram que qualquer pessoa que desenvolva erupções cutâneas — um dos sintomas da varíola dos macacos — se abstenha de fazer sexo. Mais de 300 casos da doença já foram detectados, desde o início de maio, em 24 países onde ela não é endêmica, sendo 179 deles entre os britânicos.

A Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido (UKHSA) publicou, nesta terça-feira, novas diretrizes sanitárias para limitar a propagação do monkeypox, o vírus responsável pela varíola dos macacos. As medidas incluem abstenção de sexo até os sintomas desaparecerem e uso de preservativos por dois meses após a infecção.

O anúncio ocorre depois que a Organização mundial da Saúde (OMS) divulgou uma avaliação de risco no domingo, alertando que sua classificação “moderada” do surto poderia subir para “alta” se o vírus “se estabelecer como um patógeno humano” e se espalhar para grupos vulneráveis, como crianças e pessoas imunocomprometidas.

— Estamos lembrando às pessoas que procurem por novas manchas, úlceras ou bolhas em qualquer parte do corpo — disse Ruth Milton, consultora médica sênior da UKHSA, ao Daily Mail. — Se alguém suspeitar de algo, principalmente se tiver tido recentemente um novo parceiro sexual, deve limitar seu contato com outras pessoas e entrar em contato com o serviço de saúde sexual local o mais rápido possível. Isso nos ajudará a limitar a transmissão do vírus.

Uma proporção significativa dos casos de varíola dos macacos, conforme confirmados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ou pelas autoridades nacionais de saúde, envolvem homossexuais, bissexuais ou homens que fazem sexo com outros homens. No entanto, o Unaids, o programa das Nações Unidas de combate à Aids, especificou que a doença é transmitida por contato com uma pessoa infectada e "portanto, pode afetar a todos".

De acordo com a OMS, o “aparecimento repentino” e o “amplo escopo geográfico” dos casos sugerem que a transmissão humana generalizada do vírus — que se espalha por contato pele a pele e gotículas de pessoas infectadas — está em andamento. Ainda segundo a organização, o aumento das infecções por varíola dos macacos sugere que o vírus “pode estar circulando sem ser reconhecido por várias semanas ou mais”.

O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional) monitora um caso suspeito de varíola dos macacos identificado em um paciente de Porto Alegre (RS). Segundo a notificação, obtida pelo GLOBO, o possível infectado é um homem que chegou ao Brasil de Portugal no último dia 10. Na manhã desta segunda-feira, o paciente passará por uma consulta e terá o material coletado para que sejam feitos os exames. Além disso, o Ministério da Saúde afirmou que há outros dois possíveis infectados no país, um no Ceará e outro em Santa Catarina.

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