O ministro da Saúde, Marcelo Quiroga
, confirmou neste sábado (23) que negocia a compra de vacinas para varíola dos macacos (monkeypox). A declaração foi dada ao jornal Folha de São Paulo.
Segundo Queiroga, a compra envolve a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), já que a fabricante não tem representante no Brasil.
"Só há uma fabricante [a empresa de biotecnologia dinamarquesa Bavarian Nordic] e não tem representante no Brasil. Assim, a aquisição deve ser via Opas", afirma o ministro ao jornal.
A quantidade de imunizantes, no entanto, ainda está sendo avaliada. Segundo Queiroga, a SVS (Secretaria de Vigilância em Saúde) será responsável por dizer o número de vacinas a serem adquiridas.
A aquisição será feita por meio do fundo rotatório, um mecanismo internacional de cooperação técnica para acesso a vacinas.
Neste sábado, a OMS (Organização Mundial de Saúde) classificou a varíola dos macacos como emergência de saúde pública internacional , o nível máximo de alerta do órgão. Até o momento, quase 17 mil casos foram diagnosticados em 74 países do mundo.
Desde 8 de junho, quando o primeiro caso de monkeypox — a varíola dos macacos — foi detectado no Brasil, outras 606 pessoas, além do caso inicial (ou índice, no jargão), testaram positivo para a infecção. É como se, a cada dia, houvesse 14 novos diagnósticos.
Queiroga disse que "a rede de diagnóstico está estruturada. Todos os casos estão sendo acompanhados". "Vamos focar na vigilância. O monitoramento é contínuo", completou.
Vacina
Até o momento, a vacina Imvanex já obteve aprovação para a prevenção da varíola dos macacos nos Estados Unidos e no Canadá. Hoje, a EMA (Agência Europeia de Medicamentos) também recomendou a aprovação do alargamento do imunizante.
A Imvanex foi usada até 2013 para combater varíola, para a proteção de adultos contra o vírus da varíola do macaco.
Nos EUA, há outra vacina aprovada, a ACAM2000.