Varíola dos macacos
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Varíola dos macacos

A Índia confirmou neste domingo a primeira morte por varíola dos macacos no país, a quarta no mundo fora do continente africano depois de um registro no Brasil e dois na Espanha. De acordo com a ministra da Saúde do Estado de Querala, Veena George, onde o óbito foi registrado, o paciente era um homem de 22 anos que apresentava sintomas de encefalite. No fim de semana, a Espanha confirmou a segunda vítima para a doença. Ambas as mortes no país também estão sendo investigadas com a mesma suspeita de inflamação no cérebro observada no caso indiano.

De acordo com o jornal The Indian Express, o homem havia retornado recentemente de uma viagem aos Emirados Árabes Unidos, e chegou a receber o teste positivo para o vírus monkeypox ainda no exterior. Um segundo exame, realizado após o óbito na Índia, confirmou o diagnóstico.

O paciente chegou ao país no último dia 21, mas foi hospitalizado apenas no dia 27 com sintomas de febre, fadiga, encefalite e linfonodos aumentados. Ele não apresentava, no entanto, as lesões características da varíola símia na pele, por isso os médicos não suspeitaram do diagnóstico.

Embora já tivesse testado positivo no exterior, no dia 19, essa informação foi repassada às autoridades de saúde apenas neste sábado pelos familiares da vítima. O quadro do paciente se agravou rapidamente, levando à necessidade de ventilação mecânica e ao óbito quatro dias após dar entrada no hospital.

De acordo com Veena, o homem apresentava um quadro de encefalite, uma inflamação no cérebro considerada uma complicação rara da varíola dos macacos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o jornal El País, os dois pacientes na Espanha também desenvolveram o problema.

Neste fim de semana, Gana também confirmou o primeiro óbito pela varíola símia do surto. No continente africano, onde a doença é endêmica, há ainda outras cinco mortes segundo o último relatório da OMS. O documento mostra também que já são mais de 16 mil diagnósticos em ao menos 75 países, o que levou a organização a decretar emergência de saúde pública de importância internacional no último dia 22.

No Brasil, de acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, são 1.369 casos e 616 suspeitas, além da morte registrada na sexta-feira em Belo Horizonte, Minas Gerais, de um paciente imunossuprimido que passava por uma quimioterapia para tratar um linfoma.

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