O Conselho de Medicina da Flórida aprovou em junho uma medida de emergência, com duração de 90 dias, que restringiu para 3 o número de cirurgias do 'bumbum brasileiro' que poderiam ser praticadas por médicos em um único dia. O debate quanto a continuidade das restrições irá ser retomado nesta quinta e sexta-feira em reuniões em um comitê conjunto do Conselho de Medicina e do Conselho de Medicina Osteopática da Flórida.
A decisão do Conselho de Medicina veio após 10 mortes terem ocorrido durante o procedimento estético nos últimos 3 anos. Um médico americano chegou a ser proibido, na última sexta-feira, de realizar a operação após a morte, ocorrida em abril, de uma de suas pacientes, uma mulher de 47 anos.
No procedimento, conhecido também como lifting, a gordura é lipoaspirada do abdômen ou da parte inferior das costas ou de outras partes carnudas e usada para aumentar e moldar as nádegas. As mortes resultantes do procedimento geralmente se dão por conta de embolia gordurosa.
Entre os médicos que estarão presentes nas reuniões dos próximos dias estarão membros da organização Cirurgiões pela Segurança. Segundo eles, a decisão de restringir o número de cirurgias é uma medida insuficiente e existem mecanismos melhores para lidar com a questão:
"De fato, as políticas contidas na norma de emergência e a norma que está sendo elaborada provavelmente piorarão a situação para os pacientes, pois cirurgiões de alta qualidade e cumpridores da lei irão se comprometer com as novas restrições", disse a organização em nota, segundo o canal de televisão CBS.
Segundo os Cirurgiões pela Segurança, com a diminuição da oferta, os clientes apenas irão se redirecionar para os profissionais ruins, que já não cumprem as normas estabelecidas.
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