A cantora Simony revelou aos fãs que está com câncer no intestino. A artista contou observou uma íngua na virilha e foi procurar ajuda médica. O diagnóstico ocorreu após a realização um exame de colonoscopia. Ela se disse confiante em enfrentar a doença.
O médico responsável pelo tratamento da cantora é o oncologista Paulo Maluf. O especialista explicou que o tumor encontrado na cantora está localizado no final do intestino, próximo ao ânus. O tumor encontrado em Simony é chamado de epidermóide e ocorre em cerca de 98% dos casos de câncer de intestino.
"É um tumor que começou nesta região e tem alguns gângliosinhos. Foi por causa de um desses gânglios na região da virilha que a Simony percebeu que alguma coisa estava errada", disse Maluf.
"Costumo dizer que esse gânglio me salvou", complementou a cantora.
O oncologista deixou claro que este tipo de câncer tem tratamento — que será quimioterapia e radioterapia e terá duração de aproximadamente seis meses. Além disso, afirmou que baseado na literatura médica e nos resultados de outros pacientes, a esperança de cura para Simony é "muito grande".
"Temos esperança muito grande de que essa princesa vai ser uma história feliz. Feliz para ela, feliz para a família e para a equipe médica que terá a honra e privilégio de poder participar desse processo de cura dela. Esse é um câncer curável na maioria das pessoas", disse o médico, que ouviu um "e comigo não será diferente" vindo da cantora.
Sobre o câncer de intestino
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é que 40.990 novos casos de câncer de intestino sejam diagnosticados a cada ano no Brasil. Homens e mulheres são afetados na mesma proporção.
Os principais fatores de risco relacionados a esse tipo de câncer são: idade igual ou acima de 50 anos; excesso de peso corporal; alimentação não saudável (ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras); consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, peito de peru e salame); ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana).
Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC). Pacientes com essas doenças devem ter acompanhamento individualizado.
Os sintomas mais frequentemente associados ao câncer do intestino são:
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sangue nas fezes;
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alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados);
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dor ou desconforto abdominal;
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fraqueza e anemia;
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perda de peso sem causa aparente.
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alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas)
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massa (tumoração) abdominal
Na maior parte das vezes esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.
A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce) ou de pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença.
O rastreamento dos tumores de cólon e reto (colorretal) pode ser realizado através de dois exames principais: pesquisa de sangue oculto nas fezes e endoscopias (colonoscopia ou retossigmoidoscopias).