A secretaria de Saúde do Estado de São Paulo anunciou nesta quinta-feira a criação de uma rede de monitoramento e testagem da monkeypox, a varíola dos macacos. O estado concentra a maioria das infecções no país, com quase 1.300 casos.
Trata-se da integração de 93 hospitais paulistas para respostas específicas à doença, somado ao credenciamento de novos laboratórios para o diagnóstico da doença.
Até aqui, o principal responsável por essa determinação era o Instituto Adolfo Lutz, instituição que tinha a função, inclusive, de dar a contra-prova dos testes preparados por laboratórios privados. Essa prática deixará de ocorrer.
Testagem e monitoramento serão as principais armas contra a doença neste momento. Isso porque o secretário David Uip, à frente da pasta de assuntos estratégicos da Saúde no estado, diz que o Brasil terá acesso a somente 50 tratamentos da doença, somados a 50 mil doses da vacina — ministrada em duas doses.
"Temos de baixar a expectativa em relação aos medicamentos e vacinas para essas doenças", disse David Uip. "Informação e monitoramento são os focos nesse momento."
A ideia da rede de monitoramento anunciada hoje é preparar o estado, junto à rede privada — responsável por 50% dos atendimentos — para o caso de um aumento severo de infecções.
Dentro das novas diretrizes, o estado passou a recomendar partos cesariana para gestantes identificadas com a doença, assim como a suspensão temporária do contato e da amamentação. São Paulo registrou ao menos 10 casos de crianças e adolescentes confirmados, além de dois casos de gestantes.
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