![Micrografia eletrônica de transmissão colorida de partículas do vírus da varíola dos macacos (amarelo) encontradas dentro de uma célula infectada (verde), cultivadas em laboratório Micrografia eletrônica de transmissão colorida de partículas do vírus da varíola dos macacos (amarelo) encontradas dentro de uma célula infectada (verde), cultivadas em laboratório](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/25/rb/1r/25rb1relfswu2dqmstb67p8tg.jpg)
O Ministério da Saúde notificou o primeiro caso de varíola dos macacos (ou monkeypox) em animal no Brasil nesta quarta-feira. Trata-se de um cachorro de cinco meses, que vive em Juiz de Fora (MG). A hipótese mais provável é de que o filhote tenha contraído a infecção por conviver no mesmo ambiente que um paciente com a doença.
Foi a Fundação Ezequiel Dias (Funed) — um dos laboratórios de referência para a doença, em Belo Horizonte — que confirmou o diagnóstico na última terça. Até então, não havia evidências de transmissão de humanos para animais no país.
Os primeiros sintomas começaram em 13 de agosto. Entre eles, estão coceira lesões e crostas na pele do dorso e do pescoço. A Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais (SES-MG) recomendou o isolamento do cão e limpeza do local onde vive com água sanitária e que o tutor use luva e máscara ao ter contato com o animal, além de calça e blusa de manga comprida.
“Paciente e cão estão isolados em domicilio e passam bem, conforme informação da Regional de Saúde. O único contato humano domiciliar do paciente continua assintomático e segue em monitoramento”, diz a nota da SES-MG.
Saiba o que fazer
Segundo o ministério, os animais não devem ser abandonados nem submetidos à eutanásia em caso de exposição ou suspeita de varíola dos macacos. Desinfetantes e álcool não podem ser usados para limpá-lo.
O isolamento deve durar três semanas ou até a plena recuperação. O animal não deve ter contato com pessoas de grupos de risco, como imunossuprimidos, isto é, com imunidade fragilizada devido a câncer, HIV/Aids ou transplante, e gestantes.
É indicado o uso de colar pós-operatório no pescoço para que o animal não lamba as lesões na pele assim como as mucosas. As erupções cutâneas devem ser limpas com água ou com soro fisiológico. Locais e objetos potencialmente contaminados, como pratos de ração, devem ser lavados previamente com água sanitária por 30 minutos e, depois, com água e sabão.
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