Micrografia eletrônica de transmissão colorida de partículas do vírus da varíola dos macacos (amarelo) encontradas dentro de uma célula infectada (verde), cultivadas em laboratório
Reprodução/NIAD 13.08.2022
Micrografia eletrônica de transmissão colorida de partículas do vírus da varíola dos macacos (amarelo) encontradas dentro de uma célula infectada (verde), cultivadas em laboratório

O Ministério da Saúde notificou o primeiro caso de varíola dos macacos (ou monkeypox) em animal no Brasil nesta quarta-feira. Trata-se de um cachorro de cinco meses, que vive em Juiz de Fora (MG). A hipótese mais provável é de que o filhote tenha contraído a infecção por conviver no mesmo ambiente que um paciente com a doença.

Foi a Fundação Ezequiel Dias (Funed) — um dos laboratórios de referência para a doença, em Belo Horizonte — que confirmou o diagnóstico na última terça. Até então, não havia evidências de transmissão de humanos para animais no país.

Os primeiros sintomas começaram em 13 de agosto. Entre eles, estão coceira lesões e crostas na pele do dorso e do pescoço. A Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais (SES-MG) recomendou o isolamento do cão e limpeza do local onde vive com água sanitária e que o tutor use luva e máscara ao ter contato com o animal, além de calça e blusa de manga comprida.

“Paciente e cão estão isolados em domicilio e passam bem, conforme informação da Regional de Saúde. O único contato humano domiciliar do paciente continua assintomático e segue em monitoramento”, diz a nota da SES-MG.

Saiba o que fazer

Segundo o ministério, os animais não devem ser abandonados nem submetidos à eutanásia em caso de exposição ou suspeita de varíola dos macacos. Desinfetantes e álcool não podem ser usados para limpá-lo.

O isolamento deve durar três semanas ou até a plena recuperação. O animal não deve ter contato com pessoas de grupos de risco, como imunossuprimidos, isto é, com imunidade fragilizada devido a câncer, HIV/Aids ou transplante, e gestantes.

É indicado o uso de colar pós-operatório no pescoço para que o animal não lamba as lesões na pele assim como as mucosas. As erupções cutâneas devem ser limpas com água ou com soro fisiológico. Locais e objetos potencialmente contaminados, como pratos de ração, devem ser lavados previamente com água sanitária por 30 minutos e, depois, com água e sabão.

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