Covid: 50% dos primeiros pacientes ainda têm sintomas dois anos depois
SILVIO AVILA
Covid: 50% dos primeiros pacientes ainda têm sintomas dois anos depois

55% dos primeiros infetados com o vírus da Covid-19 que precisaram ser hospitalizados continuam, dois anos depois, com sintomas da doença. O acompanhamento dos infectados no início da pandemia, em Wuhan, na China, mostra, entretanto, que o número e a intensidade dos problemas melhoraram.

Entre os problemas mais relatados está a fadiga, problemas de sono e perda de cabelo. O estudo detectou reativação da maioria das sequelas entre 12 e 24 meses.

Estudo

Cientistas de instituições científicas chinesas têm acompanhado, desde o início da pandemia, a evolução de centenas de pessoas infectadas nos primeiros meses de 2020.

Das quase 1.200 pessoas que participaram do estudo durante esse tempo, 68% tiveram pelo menos um sintoma 18 meses após a alta. O percentual caiu para 49% no final do ano, mas voltou a subir para 55% na última revisão, em 24 meses.

Já foram descritos mais de 200 sintomas ou sequelas em decorrência da doença. No caso de Wuhan, epicentro da doença no início, de todas as pessoas afetadas pela variante Alpha, um terço sofria de fraqueza ou fadiga muscular, 25% tinham algum distúrbio do sono e 12% sofriam de perda total ou parcial do cabelo. Entre os 10 sintomas mais comuns estão também distúrbios do olfato ou paladar, dores nas articulações, palpitações, tonturas ou mialgias.

O acompanhamento mostra que a maioria dos sintomas desaparece com o passar do tempo.

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