O lutador Mike Tyson é fotografado  em uma cadeira de rodas em Miami
Reprodução/Twitter
O lutador Mike Tyson é fotografado em uma cadeira de rodas em Miami

O ex-campeão mundial dos pesos pesados, Mike Tyson, de 56 anos, abriu o jogo sobre sua saúde e disse sofrer de dores ciáticas, também conhecida como ciatalgia. No começo deste mês o lutador foi visto sendo levado de cadeira de rodas por um funcionário pelo Aeroporto Internacional de Miami. Em uma outra ocasião, Tyson também foi flagrado se movendo com cautela usando uma bengala como suporte na Flórida.

“Tenho ciática e de vez em quando aparece esse problema. Quando ela começa, não consigo nem falar. Graças a Deus é o único problema de saúde que tenho. Estou esplêndido agora”, disse em entrevista ao programa de TV norte-americano “Newsmax TV”.

A condição é muito comum no país, com mais de 2 milhões de casos por ano. Em geral o pico de incidência é a partir dos 40 anos e pode acometer cerca de 10 a 40% da população ao longo da vida, sendo igualmente prevalente em homens e mulheres. Em cerca de 90% dos casos, o problema se resolve em até 40 dias com medicação para dor e fisioterapia.

Todas as pessoas podem ter dores ciática, porém, praticantes de atividades físicas intensas, como a de Mike Tyson, por exemplo, tem maiores chances de incidência da doença. Motoristas de caminhão, operadores de máquinas e trabalhadores que carregam quantidades enormes de peso também são mais suscetíveis a ter a condição.

Como ocorre a dor

O nervo ciático é o maior nervo do corpo humano, sendo formado por várias raízes que saem da coluna vertebral. O nervo ciático se inicia no final da coluna, passa pelos glúteos, parte posterior da coxa e, quando chega no joelho, se divide entre nervo tibial e fibular comum, e chega até os pés.

A dor característica ocorre quando existe compressão ou inflamação deste nervo, na maioria dos casos, ela aparece em razão de uma hérnia de disco, ou seja, o extravasamento do núcleo gelatinoso existente entre as vértebras da coluna, causando inflamações.

Se não tratada, a condição pode ficar cada vez mais grave, podendo causar incontinência urinária e anal, redução de força e perda total da mobilidade dos membros inferiores.

O principal sintoma da doença são as dores intensas que acomete o fundo das costas, glúteo e pernas, podendo ser irradiado até os pés. É considerado uma das irritações mais fortes que existe pois há dificuldade em manter a coluna ereta, dor ao andar, além das sensações de formigamento nas pernas e choques elétricos. Nestes casos é importante procurar um médico ortopedista ou fisioterapeuta para que ele possa orientar o tratamento adequado.

Entre os idosos, o problema pode decorrer de processos degenerativos naturais como a estenose, que leva ao estreitamento do canal espinhal por onde passam os nervos. Em outros casos, mais raros, a dor ciática pode aparecer por espondilolistese, quando há o deslizamento de uma vértebra sobre a outra; Síndrome do piriforme, ou seja, o aumento do músculo da região glútea, e consequentemente, há uma pressão sob o nervo; tumores e doenças do nervo causada por vírus, como herpes.

Tratamento

Em 90% dos casos, a dor se resolve no período de quatro a seis semanas, podendo ser estendido em até 90 dias para se recuperar completamente. Um dos principais métodos para melhorar a condição é arrumar a postura, seja para sentar, levantar, ou na hora de dormir. A indicação é sempre manter a coluna ereta.

Dependendo da gravida, os especialistas também podem prescrever medicamentos como analgésicos ou anti-inflamatórios, como o Paracetamol, Ibuprofeno, ou os mais fortes, derivados da morfina como o Tramadol. Um relaxante muscular também pode ser indicado pelo ortopedista.

Se o paciente buscar por uma forma mais natural, o complexo de vitamina B ajuda a melhorar a saúde dos nervos do corpo. A massagem com creme hidratante ou óleos essenciais também é uma opção para o tratamento caseiro contra as dores do nervo ciático, pois serve para aliviar a dor, melhorar a movimentação, relaxar os músculos das costas, pernas e glúteos, diminuindo assim a compressão do nervo. Entretanto, eles devem ser realizados por profissionais como massagistas ou fisioterapeutas e não exclui a necessidade de tratamento na clínica.

A fisioterapia é o método mais utilizado para o tratamento da inflamação ou compressão do nervo ciático usando realizando exercícios de fortalecimento, alongamentos e técnicas manuais para mobilizar e estirar a perna afetada, melhorando a irrigação sanguínea do próprio nervo ciático e normalizar o tônus dos músculos do glúteo e da perna.

Em último caso, quando não há melhora com nenhum outro tipo de tratamento, ou reservado em casos mais graves, como em um déficit neurológico progressivo, o médico pode decidir pela cirurgia.

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