Micrografia eletrônica de transmissão colorida de partículas do vírus da varíola dos macacos (amarelo) encontradas dentro de uma célula infectada (verde), cultivadas em laboratório
Reprodução/NIAD 13.08.2022
Micrografia eletrônica de transmissão colorida de partículas do vírus da varíola dos macacos (amarelo) encontradas dentro de uma célula infectada (verde), cultivadas em laboratório

O novo surto mundial de varíola dos macacos (monkeypox) atinge principalmente homens que tem relações sexuais com outros homens (HSH), segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de estudos sobre o assunto. Entretanto, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), revelou nesta quarta-feira que há ao menos 54 pessoas menores de 18 anos e 145 mulheres infectadas pela doença na América Latina.

O número é muito pequeno se comparado com os índices da doença de modo geral. Só no Brasil, por exemplo, já são contabilizados mais de cinco mil casos, se transformando no terceiro em número de infecções no mundo. O país também registra duas mortes: uma em Minas Gerais e outra no Rio de Janeiro.

Segundo a OMS, o mundo já ultrapassou 50 mil diagnósticos — ou seja, 10% estão em território nacional —, mas o número de novos diagnósticos parece estar em desaceleração. Nesta quarta-feira, a entidade relembrou que a “estigmatização não tem lugar na saúde” e que é de extrema importância que todas as pessoas, “independente da sexualidade” procure os órgãos de saúde mais próximos nos primeiros sinais de sintomas para a doença.

Enfatizou também a importância dos governos federais de informar com “precisão e clareza” a população sobre meios de prevenir a doença, bem como os meios de transmissão e os principais sintomas. “A OPAS tem trabalhado com os LGBT para aumentar a conscientização das pessoas pela varíola e informar sobre as medidas protetivas”, disse o órgão.

Vacinas

A OPAS confirmou que 12 países membros solicitaram e compraram os imunizantes para conter o surto e que cerca de 140 mil doses serão distribuídas para estes países ainda neste mês.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou o uso da vacina Jynneos / Imvanex e do antiviral tecovirimat contra monkeypox. O Ministério da Saúde, por sua vez, informou ter recebido as primeiras 12 unidades do tratamento, destinado a pesquisas clínicas e a pacientes graves, na mesma data.

A OMS já havia declarado a varíola dos macacos como emergência de saúde internacional, visto que pela primeira vez o surto se dissemina pelo planeta afetando regiões de fora do continente africano e recomendou que as pessoas reduzam o número de parceiros sexuais como forma de “reduzir riscos de exposição”.

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