Paraíba é o único estado a bater meta de campanha de vacinação em 2022
Alessandra Nogueira
Paraíba é o único estado a bater meta de campanha de vacinação em 2022

A Paraíba é o primeiro estado a bater a meta na campanha de imunização contra a poliomielite , também conhecida como paralisia infantil, com 95,1% do público-alvo vacinado. 

Até o momento, das 227.851 crianças da população alvo, o estado vacinou 216.716, o que equivale a 95,11%. Mesmo após o encerramento, a vacinação permanecerá em todos os mais de 1000 postos espalhados pelos 223 municípios paraibanos.

A marca foi alcançada nesta quinta-feira (13), 67 dias após o início da campanha. Dados do vacinômetro do Ministério da Saúde mostram que a taxa de cobertura tem uma queda de dois terços (64,76%) na média nacional.

Atrás da Paraíba, o Amapá registra 90,3% de cobertura vacinal contra a poliomielite. Nenhum outro estado rompeu a barreira dos 90%. Em outro extremo, o Acre é o estado com a menor taxa, de 30,3%, praticamente empatado com Roraima (30,5%), segundo o Ministério da Saúde. A meta da pasta é imunizar 95% das crianças de até 5 anos em todo o Brasil.

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação teve início em 8 de agosto e tinha intenção de durar, inicialmente, até dia 9 de setembro. A pasta estendeu a iniciativa até o dia 30 do mesmo mês diante dos baixos índices de cobertura. Pelo menos 12 estados mais o Distrito Federal prorrogaram novamente a campanha de imunização contra paralisia infantil, que agora vai até o fim de outubro.

A vacina contra a pólio é ofertada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é a única forma de evitar a doença e suas sequelas. Cada criança deve receber três doses iniciais da vacina inativada (VIP, versão injetável) aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade. Depois, há dois reforços, com a vacina atenuada (VOP, a famosa “gotinha”): o primeiro entre os 15 e 18 meses de vida e o último aos 4 anos.

Baixa cobertura vacinal pode trazer consequências

A queda nos índices de vacinação no país ameaçam não só para o retorno da pólio, mas também para o avanço de doenças como meningite, que já matou 707 pessoas no Brasil em 2022, e sarampo.

O último caso de poliomielite no Brasil foi notificado há mais de três décadas, em 1989. Cinco anos depois, a doença foi declarada erradicada pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas. Dois recentes casos suspeitos — um no Pará e outro em Roraima — e outro confirmado em Nova Iorque, nos Estados Unidos, alertaram para o risco de volta da doença.

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