Em 2020, no primeiro ano da pandemia
no Brasil, houve excesso de 19% nas mortes.
O número faz parte de um estudo realizado pela Fiocruz e Universidade Estácio. De acordo com o trabalho, o grupo de doenças infecciosas e parasitárias foi o que mais se destacou entre as causas.
O excesso de óbitos para esse período no Brasil foi de, aproximadamente, 190 mil e incluiu mortes associadas direta (devido à doença) ou indiretamente (devido ao impacto da pandemia nos sistemas de saúde e na sociedade) à Covid-19. O impacto total da pandemia foi possivelmente maior do que o indicado pelas mortes relatadas apenas devido ao vírus.
Por outro lado, a pesquisa mostrou que houveram grupos que apresentaram número de óbitos abaixo do esperado. Caso das doenças do aparelho respiratório (10% abaixo do esperado) e causas externas (4% abaixo do esperado).
O estudo destaca ainda um grande excesso de mortalidade por causas mal definidas. A pesquisa também analisou esses dados nas unidades específicas da federação e identificou grande heterogeneidade. Os estados com maiores razão de mortalidade padronizada estão concentrados na região norte. Já os que possuem menores índices estão nas regiões sul e sudeste. Verificaram-se maior excesso de mortalidade em Roraima e menor no Rio Grande do Sul.
A pesquisa calculou a taxa de mortalidade para os seguintes grupos de causa de morte: doenças infecciosas e parasitárias, neoplasias, causas endócrinas, transtornos mentais, doenças cardiovasculares, doenças do aparelho respiratório, doenças do trato geniturinário, mortes na gravidez, parto e puerpério, causas externas e causas mal definidas, além da mortalidade geral.
O número de óbitos esperado foi estimado considerando análise de tendência linear com o número de mortes entre os anos de 2015 e 2019.
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