Taxas hormonais podem afetar os neurotransmissores e causar de felicidade à depressão
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Taxas hormonais podem afetar os neurotransmissores e causar de felicidade à depressão


Diariamente, milhares de jovens e adultos em todo o mundo descobrem ter alguma doença mental , como depressão, déficit de atenção, ansiedade ou transtornos de humor. Dados da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) apontam que o Brasil lidera o ranking de casos de depressão e ansiedade na América Latina, com 19 milhões de diagnósticos em todo o país. Porém, o que nem todos sabem é que a saúde mental está relacionada a questões hormonais .

O médico especialista em nutrologia esportiva  Dárcio Pinheiro explica que alguns hormônios podem influenciar negativamente nos sentimentos. Eles interferem diretamente no comportamento diário e na forma que são desempenhadas as atividades, pois são responsáveis por um balanceamento biológico. Os hormônios podem controlar as funções corporais, as emoções, ditar como uma pessoa irá agir ou provocar sono, fome, felicidade, tristeza, raiva, entre outros sentimentos.

“Hoje, com os avanços da neurociência, sabe-se que os hormônios têm grande influência no comportamento, e que nem sempre você age como gostaria por conta disso. Em grande parte das nossas ações, agimos de modo automático, baseando-nos em nossas emoções, e isso tem relação com a interferência hormonal. Eles comandam a liberação dos neurotransmissores que nos mantém calmos ou agitados, então, isso vai de encontro com a saúde mental”, explicou.



Pinheiro aponta que alguns hormônios e neurotransmissores, como testosterona, ocitocina, adrenalina, dopamina, serotonina e progesterona, podem causar sensações quando estão na corrente sanguínea. Esse efeito pode ser a partir de uma situação, ou de alguém. Isso mostra o quanto a questão hormonal está diretamente ligada à saúde mental, defende o médico.

“Hormônios influenciam positivamente ou negativamente os sentimentos. Dopamina, endorfina e serotonina podem trazer ‘felicidade’ para o corpo. Por outro lado, o desequilíbrio de estrogênio e progesterona pode resultar na diminuição da libido na menopausa e andropausa. No período menstrual, por exemplo, os hormônios que os ovários produzem causam fadiga, ansiedade, deixam a mulher mais irritada e resultam ainda em alterações repentinas de humor. O desequilibro hormonal é seguido por sintomas de tristeza, indisposição, preguiça ou, ao contrário, agitação, intolerância e até mesmo insônia”, comentou.

O Dr. Dárcio aconselha a fazer exames laboratoriais para identificar se os níveis hormonais estão corretos. Dessa forma, é possível rastrear se há alterações, ou se as taxas estão corretas. Pode ser feita também uma entrevista chamada anamnese, conduzida por um médico, no consultório, e com o objetivo de identificar sintomas para chegar a um diagnóstico.

“Essa checagem pode ser feita por um psiquiatra, neurologista ou um endocrinologista. Quando identificada uma questão hormonal que deve ser corrigida, o profissional de saúde vai indicar o tratamento necessário para devolver a qualidade de vida ao paciente. Com um tempo é possível ver melhora no humor e na sensação de bem-estar. Por isso, é importante dar atenção às mudanças de comportamento e, se notar algo que tem atrapalhado sua rotina, o indicado é procurar uma ajuda especializada. Devo lembrar a importância de cuidar da saúde mental, pois dela depende a saúde física e como você irá lidar com outras questões da sua vida”, concluiu.

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