A China
anunciou, nesta segunda-feira (12), planos para acabar com o principal aplicativo
de rastreamento das infecções causadas pelo coronavírus.
Um dos pilares de resposta de Pequim à crise sanitária, a ferramenta era usada para controlar a locomoção dos cidadãos.
O anúncio coincide com o aumento do número de casos em uma escala difícil de avaliar após a testagem deixar de ser obrigatória e os resultados de autotestes não serem habitualmente repassados para as autoridades.
Vinculado ao governo central, o aplicativo sairá do ar à meia-noite de terça-feira, segundo uma postagem no canal oficial do WeChat, rede social que é popular na China.
Lançado em março de 2020, ele foi parte-chave da vida chinesa nos últimos anos, usando dados de três operadoras telefônicas. Quem tivesse passado por lugares com com um número elevado de casos, considerado de "alto risco", não recebia o sinal verde que permitia sua viagem a outras regiões ou a entrada em hotéis, prédios ou centro comerciais.
A decisão de aposentar o app foi tomada depois que a China anunciou na semana passada flexibilizações em suas medidas para conter a crise sanitária.
Pequim anunciou que não haverá mais confinamentos em larga escala e que pessoas com condições de se isolarem em casa não precisarão ir para centros de quarentena coordenados pelo governo.
O ministério da Saúde informou nesta segunda-feira que a China registrou 8.626 casos positivos em 24 horas, número que representa uma queda considerável em comparação com dados recentes. Ao todo, foram registrados mais de 365 mil infecções na China desde que a crise sanitária começou, mais que o dobro do contabilizado em 1º de outubro.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram
e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.