A Organização Mundial da Saúde ( OMS ) considera que adultos saudáveis não precisam de uma dose extra da vacina contra Covid-19 , além da vacinação primária e um primeiro reforço, pois, segundo a entidade, os benefícios "são mínimos".
Ao adaptar as recomendações, a OMS sugere que crianças e adolescentes saudáveis não precisam necessariamente da dose de reforço . Já idosos e grupos de risco, como pessoas com comorbidades, devem receber o reforço entre 6 a 12 meses após a última vacina .
Segundo a entidade, o motivo da mudança é para concentrar a vacinação naqueles que podem ter um maior agravamento da doença ou risco de morte.
Veja a recomendação em três grupos para tomar a dose adicional:
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Alta prioridade: adultos mais velhos; adultos mais jovens com comorbidades, pessoas com baixa imunidade, incluindo crianças com 6 meses ou mais; grávidas; e profissionais de saúde da linha de frente.
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Média prioridade: adultos saudáveis (geralmente com menos de 50-60 anos) sem comorbidades e crianças e adolescentes com comorbidades.
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Baixa prioridade: crianças e adolescentes saudáveis de 6 meses a 17 anos.
O Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (Sage, na sigla em inglês) recomenda reforço adicional de 6 a um ano após a última dose para o grupo de alta prioridade.
Já os grupos de baixa e média prioridade, devem receber a série primária e as primeiras doses de reforço.
O Sage complementa dizendo que crianças imunossuprimidas ou com comorbidades "estão incluídas nos grupos de alta e média prioridade, respectivamente".
"Embora baixo no geral, a carga de Covid-19 grave em bebês com menos de 6 meses ainda é maior do que em crianças de 6 meses a 5 anos. A vacinação de gestantes – inclusive com uma dose adicional se tiverem passado mais de 6 meses desde a última dose – protege tanto a elas quanto ao feto, ao mesmo tempo em que ajuda a reduzir a probabilidade de hospitalização de bebês por Covid-19", dizem os especialistas.