Ministério da Saúde criou Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) no Sistema Único de Saúde (SUS)
Agência Brasil/ 13/06/2023
Ministério da Saúde criou Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) no Sistema Único de Saúde (SUS)

Nessa segunda-feira (28), o Instituto Nacional de Câncer (INCA), do Rio de Janeiro, divulgou uma pesquisa na qual revela que o preço do  cigarro fabricado no Brasil, bem como do cigarro contrabandeado, é baixo, o que facilita seu consumo. O estudo foi feito em parceria com a Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, e publicado na Tobacco Control, uma das principais revistas sobre controle do tabaco no mundo.

O INCA estima que, entre 2023 e 2025, aproximadamente 30 mil novos casos de  câncer de pulmão  – ligados diretamente ao consumo de tabaco – serão registrados por ano. Os dados do instituto revelam que há um leve predomínio em pessoas do sexo masculino, com faixa etária mais comum aos 60 anos de idade, nos casos desse tipo de câncer. Ainda assim, a doença é o tipo de tumor maligno que mais vitima pessoas em geral.

Mesmo considerado o quarto tipo de câncer mais prevalente do país (depois de câncer de mama, próstata e cólon e reto, respectivamente), o câncer de pulmão tem uma alta letalidade. Somente em 2020, de acordo com dados do  Ministério da Saúde, 28,6 mil mortes pela doença foram registradas.

Em 2019, o Brasil gastou R$ 1,3 bilhão com custos diretos e indiretos relacionados ao câncer de pulmão. O  hábito de fumar é o principal fator de risco: ele expõe o corpo a uma variedade de substâncias químicas tóxicas e carcinogênicas, que podem causar danos às células dos pulmões e levar a mutações genéticas. 

Eventualmente, essas mutações levam ao crescimento descontrolado de células cancerosas. O tabagismo ainda se associa a uma série de outras doenças graves, como doenças cardíacas, doenças pulmonares crônicas e diversos tipos de câncer em outras partes do corpo.

Como a doença se caracteriza

O câncer de pulmão é uma doença maligna que se origina nas células dos pulmões. Ele é causado por um crescimento descontrolado e anormal das células pulmonares, que pode se espalhar para outras partes do corpo, causando danos e interferindo nas funções normais do órgão afetado. 

Em 2022, aproximadamente 31 mil óbitos foram registrados com relação ao câncer de pulmão, segundo dados do INCA. Em texto ao iG, o Dr. Fábio Feio, oncologista do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC), diz que "o principal fator de risco relacionado ao câncer de pulmão é o  tabagismo, que está presente em 80 a 85% dos casos".

Segundo o oncologista, estima-se que o câncer de pulmão faça pouco mais de 2 milhões de casos por ano no mundo todo, sendo a principal causa de morte relacionada a câncer no mundo, com mais de 1 milhão por ano. Além do tabagismo, a exposição a poluentes do ar, radônio, amianto, produtos químicos industriais e outros agentes carcinogênicos também podem aumentar o risco.

"Pela sua alta incidência e potencial de letalidade, é fundamental a prevenção de fatores de riscos relacionados a essa doença", afirma. "Sendo a principal estratégia mais aceita no combate e prevenção da doença, campanhas de combate ao hábito de fumar e que inibam as consequências do tabagismo em fumantes ativos e passivos, aliadas a tomografias de tórax, a partir dos 50 anos em fumantes".

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