Bruno Canto, cirurgião vascular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)
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Bruno Canto, cirurgião vascular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV)

O Dia Mundial de Combate ao  Diabetes é celebrado em 14 de novembro (terça-feira). O objetivo da data é reforçar a importância da prevenção e conscientizar as pessoas a respeito da doença. Sendo assim, o cirurgião vascular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), Bruno Canto, alerta sobre o cuidado com o pé diabético.

O pé diabético, que se apresenta em pacientes com Diabetes Mellitus, é uma complicação crônica da doença e com um dos maiores impactos sociais, pois é a principal causa de amputações de membros inferiores, com origem não traumática, e da diminuição da qualidade de vida do paciente.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que, mundialmente, ocorram duas amputações por minuto por conta do pé diabético, sendo que 85% destas são precedidas por úlceras (feridas). “O paciente diabético precisa ter a consciência de controlar o açúcar no sangue. As feridas desse grupo são graves e precisam, diariamente, de um cuidado muito específico e especial”, diz o cirurgião vascular.

O médico explica que a doença se caracteriza por alterações vasculares e neurológicas e, assim, surge o aparecimento dessas feridas (úlceras) que podem complicar com infecções. Esses machucados têm uma cicatrização mais demorada e bem mais difícil. O pé diabético causa dor, formigamento, desconforto, vermelhidão, arroxeamento, ressecamento da pele, perda de sensibilidade. Além de inchaço, formigamento, fraqueza.

O tratamento depende do grau das lesões. Em feridas não infeccionadas, o tratamento pode consistir na limpeza e no uso de curativos especiais. Em casos onde ocorre infecção, será necessário o uso de antibióticos por via oral ou endovenosa (aplicado na veia), dependendo das condições da circulação sanguínea do paciente.

Existem ainda métodos mais modernos, como a oxigenoterapia hiperbárica, utilizados em feridas muito avançadas. Nessa modalidade terapêutica, o paciente fica dentro de uma máquina, chamada câmara hiperbárica, com pressão atmosférica reduzida e concentração de oxigênio a 100%, o que estimula a formação do colágeno e a cicatrização dos tecidos.

“É possível curar o pé diabético com um tratamento adequado para cada caso, evitando assim a amputação. O acompanhamento com o cirurgião vascular é imprescindível e, uma vez diagnosticado o pé diabético, é necessário uma assistência multidisciplinar, para evitar uma evolução negativa do quadro, destaca Bruno Canto.

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