A hérnia de disco foi a doença que mais gerou benefícios por incapacidade temporária no Brasil em 2023. Dados do Ministério da Previdência Social apontam que mais de 51,4 mil beneficiários foram afastados ao longo do ano passado por conta do transtorno.
No ranking da pasta, a hérnia é dividida em duas classificações que somam 89,2 mil afastamentos. Ocupando o 1º lugar, vêm os “transtornos de discos lombares e de outros discos intervertebrais com radiculopatia” (CID M51.1), e em 5º lugar, “outros transtornos de discos intervertebrais” (CID M51).
O que é?
A hérnia de disco ocorre com mais frequência na lombar, provocando dores nas costas e alterações de sensibilidade nas pernas e pés. A lesão é ocasionada pelo desgaste dos discos intervertebrais, tecido que tem a função de evitar o atrito entre as vértebras.
Causas
A doença possui diferentes causas, como predisposição genética, envelhecimento, sedentarismo, tabagismo ou o hábito de carregar peso em excesso. Trabalhos em que o funcionário passa muito tempo na mesma posição, seja sentado ou em pé, também podem prejudicar a lesão.
Sintomas
A hérnia de disco pode ser tanto assintomática quanto de intensidade leve, moderada ou forte. No caso das pessoas afastadas do trabalho pela doença, as dores são fortes a ponto de interferir na mobilidade.
Entre os possíveis sintomas estão o formigamento, que pode ou não ser doloroso, e dores na coluna, pernas ou braços. A dor costuma estar associada à área em que as raízes nervosas sofreram a compressão.
Tratamento
As hérnias de disco, em geral, respondem bem ao tratamento clínico. Em 95% dos casos não é necessária a realização de cirurgia.
Com repouso, sessões de fisioterapia e medicamentos especializados, a chance de recuperação é grande. Em alguns casos, os pacientes conseguem retornar às atividades e trabalho em um mês.
A escolha do tratamento depende da gravidade do sintoma e do grau de prejuízo à mobilidade do paciente. A cirurgia é indicada, portanto, quando o indivíduo não responde ao tratamento convencional.