Transmissão acontece por mosquitos, sobretudo pelo Culicoides paraensis e pelo Culex quinquefasciatus
Divulgação/Genilton J. Vieira/Fiocruz
Transmissão acontece por mosquitos, sobretudo pelo Culicoides paraensis e pelo Culex quinquefasciatus

Um paciente de 42 anos registrou o  primeiro caso de Febre do Oropouche no Rio de Janeiro nessa quinta-feira (29). Morador do Humaitá, zona Sul da capital fluminense, o homem viajou recentemente ao Amazonas e, segundo autoridades, pode ter contraído o vírus na região.

O estado do Amazonas já contabiliza 1.398 casos da Febre do Oropouche neste ano – número três vezes maior que o registrado no ano passado. O exame que confirmou a infecção foi realizado pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI), da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz). 

De acordo com informações da Secretaria de Saúde do Rio, o caso ainda é considerado como "importado" – isto é, veio de fora. O risco de transmissão desse vírus, segundo o  Ministério da Saúde, ocorre por meio de outros mosquitos, caso piquem um paciente infectado.

Apesar de não ter tratamento específico, autoridades não consideram a Febre do Oropouche uma doença grave. Veja mais abaixo. 

Entenda a Febre do Oropouche

Origem e Transmissão: A Febre do Oropouche é principalmente transmitida por mosquitos, com o vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) – de onde vem o nome – sendo mantido no sangue desses insetos após picar uma pessoa ou animal infectado. Os mosquitos podem, então, transmitir o vírus para outras pessoas saudáveis quando picam novamente. Atualmente, a situação mais crítica da doença no Brasil é no estado do Amazonas.

Sintomas: Os sintomas são semelhantes aos da dengue e chikungunya, incluindo dor de cabeça, dor muscular, nas articulações, náusea e diarreia. Essa semelhança dificulta o diagnóstico clínico, sendo crucial a vigilância epidemiológica para diferenciação.

No Acre, a Secretaria de Saúde tem recebido especialistas do Ministério da Saúde para  investigar se casos registrados como dengue seriam, na verdade, da Febre do Oropouche.

“Cabe destacar que a Febre do Oropouche foi descrita pela primeira vez na década de 60, mas não há, até o momento, registros de mortes associadas à doença. Conforme o Ministério da Saúde, não existe tratamento específico nem vacina para a febre do Oropouche, portanto, pacientes infectados devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico”, informou a Secretaria em nota.

Risco de surto: Embora o Rio de Janeiro tenha registrado um caso "importado" da doença, a possibilidade de um surto nacional é considerada baixa neste momento pelo Ministério da Saúde. No entanto, é fundamental monitorar a transmissão local para prevenir surtos.

Tratamento e Prevenção:  Não há tratamento específico para a FO, sendo recomendado repouso, tratamento sintomático e acompanhamento médico. A prevenção é similar à da dengue, com medidas como evitar áreas com muitos mosquitos, usar roupas que cubram o corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele, além de eliminar possíveis locais de focos de mosquitos. Embora sem tratamento, a doença não é considerada grave.

Recomendações do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde recomenda que os pacientes descansem, recebam tratamento para os sintomas e sejam acompanhados por médicos. Para prevenir a doença, são aconselháveis as mesmas medidas de prevenção à dengue:

  • Evitar áreas com muitos mosquitos, se possível.
  • Usar roupas que cubram o corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele.
  • Manter a casa limpa, eliminando possíveis locais de reprodução de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.

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